sábado, 19 de novembro de 2011

PAPO NA REDE COM JAIRZINHO

Para o pessoal que sempre acompanha nosso blog, o PAPO NA REDE hoje é bem diferente e é com o líbero Jair, que é uma figura muito importante para o elenco e natural da cidade de Montes Claros, além de ser uma pessoa muito agradável e que sempre nos atende prontamente. Na entrevista, ele fala do início da sua carreira, se teve o apoio familiar, conta sobre as escolinhas de vôlei nas quais passou até chegar a um time profissional, sobre os fundamentos no esporte e mais. O papo ficou muito descontraído, não deixe de conferir...


Assista ao vídeo da entrevista


Leia a entrevista transcrita

Jair, gostaríamos de começar perguntando: como foi o início de sua carreira?
Eu comecei a jogar vôlei mesmo com 5 anos. Desde então não parei mais. Eu posso falar que passei por praticamente todas as escolinhas de vôlei de Montes Claros. Em 2002, eu joguei o JIMI aqui da cidade e depois eu fui para o Minas. Sempre com o apoio da família.

Mas como é que foi começar a jogar vôlei aqui em Montes Claros? Porque atualmente a cidade ainda não tem uma estrutura favorável para o esporte.
Não foi fácil. Onde tinha escolinha, centro de treinamento, a gente estava indo. Era pracinha de esporte, Sesc, sempre arranjava um jeito de jogar.

Mas de onde surgiu essa aptidão pelo vôlei?
Putz! (RISOS). Difícil de falar quando, porque existem fotos minhas com um ano e meio segurando bola de vôlei. Então eu acho que... pô (RISOS). É porque minha mãe jogou peteca, vôlei e não sei se isso pode ter influenciado, mas tem muito tempo.

Foto: Canal Funadem (picasa)
Agora, a torcida gosta muito de você, se identifica muito com seu modo de jogo, aquela coisa aguerrida, de se atirar em todas as bolas. Como é que é receber esse carinho da torcida de Montes Claros no dia-a-dia?
É muito bom! Eu posso falar que eu defendi minha cidade, entendeu? Poucos jogadores podem falar isso e acho que é um algo a mais, um impulso a mais que te dá vontade de querer treinar melhor, ter esse apoio da cidade, da torcida e da família.

Além do lado positivo, a cobrança é maior?
Sem dúvida, mas acredito que tenha cobrança em qualquer lugar. É normal, porque a gente vive de resultados e temos que saber lidar com eles, não tem jeito. Em qualquer lugar que estivermos, em qualquer profissão, vai haver essa cobrança.

Você considera que jogar no Montes Claros seja o maior desafio da sua carreira?
Eu acredito que a gente tenha muitos desafios e acho que é o maior da minha carreira sim. É um projeto que deu muito certo, que está dando muito certo e todos temos a responsabilidade de continuar dando resultado. Espero que o projeto continue. Eu, particularmente, quero muito que dure por muitos anos. Para a cidade é muito importante.

E você já veio jogar aqui contra. Inclusive, seu time (o Caxias do Sul) acabou ganhando do Montes Claros (em 2009), você foi um dos destaques e a torcida não ficou muito feliz. Seus parentes também estiveram presentes no ginásio, no meio da galera toda. Conta pra gente como foi essa repercussão na sua família com essa vitória que ao mesmo tempo fez com que a torcida ficasse um pouco chateada com você.
Foi um momento especial, porque foi a primeira vez que eu vim jogar oficialmente aqui, entendeu? Então, tinham muitas pessoas da minha família no ginásio torcendo e pra gente era um desafio muito grande, sair com a vitória sobre o time de Montes Claros, que até então só havia perdido um jogo dentro de casa, na estreia no campeonato, contra o Sesi. Então, além de ter ganhando jogando em casa, teve um gostinho a mais pelo fato da minha família e meus amigos estarem me vendo jogando aqui.

E já jogou com alguns jogadores da atual formação, como o Silêncio e o Rivoli. Você acha que isso facilita o entrosamento ou quando começa um novo trabalho parte tudo do zero?
Facilita sim. Como a gente já havia jogado, com o Rivoli particularmente, é o terceiro ano que jogamos juntos, já conheço como que ele joga, como se comporta e ele também me conhece. Um já sabe o que o outro tá pensando, como que é a reação e conseguimos nos ajudar ainda mais. (Assista ao vídeo dos três jogadores atuando pelo Caxias do Sul em 2009).

Créditos: Jefferson Bernardes/
 VIPCOMM/Alexandre Arruda/
CBV
Dos fundamentos "passe" e "defesa", qual você considera mais importante dentro do jogo?
Acho que os dois. Acredito que todos os fundamentos sejam importantes, todos se completam. Você não pode se sobressair muito em um e deixar alguns para trás. Eu acredito que talvez a regularidade de todos seja melhor que a discrepância muito grande entre eles.

Você concorda que o saque flutuante, quando bem executado, faz mais estrago que o saque viagem?
Eu acho que o saque bem executado faz estrago, tanto o flutuante quanto o viagem. Acredito que o flutuante, quando bem feito e direcionado para a pessoa certa, faz mais estrago que o saque viagem forte, depende muito das estratégias que o time adota na hora.

Crédito: Havar Comunicação
E quando o placar está apertado, você acha que a pressão sobre o líbero aumenta, porque ele é responsável pela defesa e pelo passe?
Eu acredito que a pressão cresce para cima de todos. O líbero tem uma responsabilidade maior pelo fato dele estar responsável pela primeira ação, que seria a recepção, a qual tem que entrar bem para poder acontecer um bom levantamento e um ataque muito bom. Então, a pressão pode vir por causa da recepção.

Sabemos que é uma coisa inusitada, mas você já fez algum ponto? Porque uma vez o Serginho (da seleção brasileira) já defendeu uma bola e acabou caindo na quadra.
Cara,  o líbero nunca faz ponto. Se por ventura eu defendo, a bola passa e cai do outro lado da quadra, é considerado erro do adversário. A gente nunca vai fazer ponto.

E sobre a última partida contra o Minas, o time já conseguiu absorver a derrota?
A gente nunca gosta de perder, né? Acho que tá engasgado, porque a partir do momento que você acomoda com a derrota, começa a preocupar. Então, absorvemos o que tinha que ser absorvido e isso serviu de motivação para querermos trabalhar mais e sair do jogo com vitória, que vai ser muito mais importante, pois vale uma vaga na final.

E pra terminar, você já fez uma defesa de uma bola muito forte, que doeu muito?
Cara, a gente leva muita bolada e é difícil uma bola em si doer. Quando a gente fica muito tempo sem treinar, no início dói um pouco até acostumar novamente. No meio da temporada, tem bola que arde um pouco, mas você mexe ali, passa e mão e melhorou (RISOS). Hoje as bolas estão cada vez mais macias ou algo do tipo, mas tem bola que... (RISOS)... não chega a doer, mas arde bastante.


Jair, te agradecemos muito pela paciência de ter nos atendido e também ter respondido a torcida, que é sempre muito fanática e que gosta de saber do time. Esperamos que os torcedores tenham gostado. Que a temporada possa ser de muito sucesso no Pequi Atômico, um grande abraço Jairzinho. Além disso, agradecemos o assessor de imprensa da equipe, Heberth Halley, por ter possibilitado a entrevista. Valeu! Abraço.

2 comentários:

  1. Sei que Fabio tem suas qualidades jogando de líbero, mas a vibração de Jairzinho dentro de quadra e as boas defesas fazem falta. Engraçado é como ele é calmo fora de jogo, hehe.

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  2. Muito legal esse papo na rede. Valeu Jair pela paciência... E eu prefiro ele como titular, pra mim ele tem a raça que a torcida tanto pede... #GOMOC

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