quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Papo na Rede com Marcelo Fronckowiak


Olá, internautas! O nosso Papo na Rede desta vez é com o técnico do RJX e atual campeão da Superliga: Marcelo Fronckowiak. Na entrevista ele fala de como é comandar um supertime de estrelas da seleção, se pretende assumir a seleção brasileira, sobre o fim de equipes entre uma temporada e outra e mais. É um Papo na Rede bastante especial para a Orkutorcida e está imperdível, não deixem de conferir!

Observação: pedimos desculpas pelo áudio do vídeo, houve uma falha técnica ao gravar a entrevista, que também pode ser lida aqui nesta postagem. O barulho se deve ao fato de a gravação ter sido feita logo após o jogo entre Montes Claros Vôlei/Monte Cristo e RJX.

Papo na Rede com Marcelo Fronckowiak. Montagem: Orkutorcida.

Assista ao vídeo da Entrevista



Veja a Entrevista Transcrita

Marcelo. Crédito: Alexandre
Arruda/CBV.
Marcelo, como você está encarando o desafio de dirigir o time de super estrelas, de jogadores da seleção?
Bom, eu estou contente. A gente conseguiu fazer uma brilhante temporada ano passado, não só pelo título da Superliga, mas pelo desenrolar de toda uma temporada, onde tínhamos uma pressão, uma expectativa de resultados e uma responsabilidade muito grandes, de todos os jogadores, pois precisávamos provar que o alto investimento traria resultados. Não é evidente que ter um grande investimento vai trazer grandes resultados, mas todos se comportaram de uma forma muito profissional. Então, estou muito contente de estar retomando mais uma temporada à frente dessa equipe, que tem muita qualidade e muitos jogadores de seleção, mas que sobretudo está criando um comportamento muito legal para tentar dar uma resposta positiva.

Você espera assumir a seleção brasileira?
Em primeiro lugar eu acho que a seleção brasileira está muito bem dirigida neste momento de ciclo olímpico e Bernardo é totalmente merecedor de tudo isso. A gente tem que falar disso (assumir a seleção) se a oportunidade aparecer, é o sonho de todo treinador de voleibol. Eu não posso negar que adoro a seleção brasileira e trabalhar por esse esporte do meu país. No momento devido, se eu mostrar competência pela qualidade do meu trabalho, talvez eu seja uma das pessoas indicadas, mas o Brasil tem excelente técnicos. Eu não quero antecipar nada, porque todos nós atores do voleibol, técnicos, jogadores e vocês, torcedores, devemos torcer e manifestar juntos positivamente para o que o Brasil ganhe em 2016 no Rio de Janeiro.

Bernardinho e Zé Roberto.
Crédito: FIVB/Divulgação.
Tem algum lugar de onde você tira suas filosofias de trabalho?
Eu gosto de me inspirar em treinadores. Acho o Bernardinho e o Zé Roberto inspirações. Eu passei por uma escola brasileira de vôlei representada por Jorge Barros, o Jorjão, lá do Rio de Janeiro; fui atleta do Jorge Schmidt, multicampeão da Superliga; e eu tenho inspiração também na minha história de vida. Eu não fui um brilhante jogador, fui um "carregador de piano" que buscava sempre o seu melhor. Independente do meu nível prefiro fazer o melhor naquilo o que eu faço e ter a consciência de que meu papel é fundamental na condução, no direcionamento desse grupo, fazendo com que a gente fomente ideias, um trabalho e que o coletivo prevaleça. Essas são só algumas fórmulas e valores para que a gente possa trabalhar cotidianamente.

Entre um ano e outro alguns times têm acabado. A Superliga de vôlei masculino, por exemplo, já chegou a ter 17 times e hoje só temos 12. Com sorte foram 12, porque poderia ter sido 10 ou 11. Como você avalia esse fim de equipes tão boas que poderiam estar disputando a Superliga?
Primeiramente eu acho que nós temos um campeonato muito bom, mas nós temos realmente uma dificuldade como você colocou. É importante que a gente repense o voleibol de clubes e a exposição dos campeonatos. Algumas medidas foram tomadas este ano e talvez elas fomentem a criação de novas equipes ou a permanência delas, como a criação da Copa do Brasil, com transmissão da final na Rede Globo; o campeonato sul-americano, que volta a ser jogado depois de tantos anos; o campeonato mundial de clubes, que vai ser em Minas Gerais; e isso irá fomentar o voleibol, equilibrando a exposição de mídia daquilo que acontece com a seleção. O produto do voleibol brasileiro hoje, vendável, de marketing, é a seleção brasileira. Falando nisso, estou extremamente contente de estar voltando para uma cidade que recentemente foi a capital do vôlei - Montes Claros -, porque se o ginásio estiver lotado as pessoas vão gostar de vôlei, vão querer assistir e praticar, criar uma identidade, consumir o produto do voleibol. Sinceramente acredito que vamos fazer o nosso vôlei ser mais valorizado com isso, que a gente crie mais equipes e tenha um campeonato com a repercussão de mídia que a seleção brasileira tem.

Marcelo Fronckowiak.
Crédito: Alexandre Durão/
Globoesporte.com.
Por fim, seu tempo deve estar muito corrido, mas sobra alguma tempo para você dar uma relaxada? O que você costuma fazer?
Eu tenho uma carga de trabalho bem intensa, mas eu moro em uma cidade muito bonita, o Rio de Janeiro. Tento aproveitar meu tempo livre indo para a praia com meu filho, ficando um pouco com a minha esposa. Eu sou um cara que gosta de música, tocar violão. Minha família toda é muito musical, minha esposa gosta muito de cantar, a gente se reúne em uma roda de violão e tenta relaxar, desestressar. Gosto de pedalar no rio, de dar uma caminhada, enfim, de vez em quando tirar a cabeça do voleibol. Nem sempre eu tenho tempo, mas quando dá eu tento aproveitar um pouco do rio, olhar esportes, ler um pouco, sou um ser humano normal (risos).

MOC x RJX. Crédito: Assessoria Montes Claros Vôlei.
Marcelo, gostaríamos de agradecer pela sua participação no nosso Papo na Rede e dizer que nós somos fãs seus. Já tínhamos falado uma vez que gostaríamos de fazer a entrevista. Agradecemos a sua presença e desejamos boa sorte ao RJX. A gente quer bons jogos independente de estarmos torcendo para o Montes Claros e que o nosso time se dê bem.
Quero desejar sorte ao Montes Claros, parabenizar a iniciativa de vocês (Orkutorcida), que eu sei que o blog está bombando, facebook está bombando, eu acompanho vocês de longe. Nem sempre eu gosto dos comentários que vocês fazem dos adversários, no caso, esta semana vocês disseram que iam nos "amassar", que o CALDEIRÃO ia ferver (risos)...

Faz parte de ser torcedor (risos).
(Risos) Sem dúvida, vocês estão fazendo um trabalho bacana. Que bom que Montes Claros está voltando ao cenário nacional e que vocês possam usar o voleibol não só como esporte de rendimento, mas como instrumento de educação, de inclusão social e de cidadania. Houve questionamento com relação ao que aconteceu no passado, mas agora partiu de novas bases e que bom que isso acontece, estão fazendo o voleibol crescer. Sorte para vocês, bom campeonato!

Orkutorcida e Marcelo Fronckowiak. Crédito: Orkutorcida.

Agradecemos mais uma vez a atenção a qual Marcelo teve em nos atender e esperamos que possa continuar se destacando no seu trabalho como técnico, só não podemos desejar que o RJX seja campeão novamente, pois agora o MOC está de volta (risos). Grande abraço de toda a Orkutorcida, valeu!

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