quinta-feira, 5 de abril de 2012

AS TORCIDAS DE VÔLEI

Já virou clichê dizer que o vôlei está ganhando um espaço cada vez maior no cenário nacional. Com isso, comportamentos diversificados surgem nas torcidas pelo país.

Caracterizar uma torcida como "organizada" hoje em dia pode queimar seriamente o nome da mesma, já que a fama de torcidas assim vem do futebol e a maioria delas é grande causadora de desordem nos jogos, apesar de bons cânticos em incentivo aos seus times. Frequentemente ouvimos notícias envolvendo violência entre torcidas organizadas no meio futebolístico.


No vôlei, ainda não se tem registro de torcidas organizadas, mas de partes das torcidas que se organizam, como o Colorados Sesi, um grupo de torcedores uniformizados que fazem bonito na Vila Leopoldina, apoiando tanto o time masculino quanto o feminino; a Orkutorcida, que tem cerca de 30 pessoas que costumam se sentar juntas nos jogos do Montes Claros e promover a divulgação do time; entre outras. Contudo, notícias recentes vêm apontando certos descuidos de algumas torcidas do vôlei.

Na Superliga 2010/2011, vimos a torcida do Sada/Cruzeiro fazer coro desfavorável ao jogador Michael, do Vôlei Futuro, que ouviu uma multidão ser preconceituosa quanto a sua sexualidade ao ouvi-los o chamando de "bicha". Tal "cântico" custou ao clube uma multa de 50 mil reais. Na atual competição nacional, tudo se encaminhava bem até mais um caso de preconceito aparecer. Desta vez, o alvo foi Wallace, do Sada/Cruzeiro, que ficou muito revoltado ao ouvir uma torcedora do Vivo/Minas gritar: "Macaco, volta para o zoológico". O ato também foi multado em 50 mil reais para o clube.

No primeiro confronto das semifinais entre Sada/Cruzeiro e Vivo/Minas não houve preconceito, mas atitudes vergonhas por parte de torcedor celeste, o qual foi acusado de cuspir em direção ao banco minastenista, atirar objetos, intimidar os atletas e, inclusive, ameaçá-los de morte, segundo o técnico do Vivo/Minas - Marcelo Frankowiak.

O ponto positivo é que tais atitudes ainda são casos isolados, já que uma maioria considerável de torcedores incentiva suas equipes de maneira brilhante, sendo capazes de organizar faixas, bandeirões e várias músicas em incentivo ao time que torcem. Dois grandes atos que devem ser lembrados são aqueles vindos dos jogadores do Vôlei Futuro, que uma vez vestiram a camisa em homenagem a Michael e outra vez em defesa de Wallace.



Uma coisa é fato: o voleibol não precisa de atitudes de preconceito ou violência. O esporte é conhecido pelo seu lado familiar e pelos ensinamentos de superação, controle, companheirismo e raça, entre outras características. Portanto, com partidas tão emocionantes e a evolução que o campeonato vem tendo ano após ano, tais atitudes devem ser dispensadas. Espera-se que os casos isolados também possam fazer bonito e se conscientizarem de que não é preciso fazer da partida um verdadeiro cenário de guerra.

3 comentários:

  1. o grande problema em Ginásios talvez seja um pouco diferente do futebol. No futebol, os marginais se vestem com as cores do clube de sua "paixão", mas não entendem eles mesmos que o motivo destes em ir ao estádio, na verdade, é a manutenção do poder e briga de território. Estes marginais sequer assistem aos jogos. Querem apenas um significante para sua doença. No voleibol ainda é diferente. A exceção do caso Michael, em que toda a torcida gritou ofensivamente contra ele, normalmente as ofensas são atos isolados por torcedores em pouco número ou até sozinhos, o que é normal se levarmos em consideração a proximidade das arquibancadas com a quadra e as diferenças inerentes ao cada individuo que assiste a um jogo. o ponto principal é que em ginásios é muito mais fácil visualizar o autor de ofensas, em relação aos estádios.

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  2. Perfeito o comentário de Ackilles, concordo.

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  3. Verdade! E o bom do vôlei é a presença das famílias. Pessoas de todas as idades! Mas em Montes Claros mesmo tiveram algumas atitudes muito típicas de torcida de futebol. Que não se espalhe!

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