quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Papo na Rede com Pétrus


Olá, torcedores! Hoje o nosso Papo na Rede é com um dos destaques da equipe montes-clarense: o central Pétrus Montes. Na entrevista, ele fala sobre a carreira no voleibol, o motivo de ter ficado parado dois anos, sua opinião sobre o Montes Claros na Superliga 2013-2014, sobre sua relação com a família e mais. A conversa ficou imperdível, conheça mais sobre o melhor jogador do Pequi Atômico até aqui...

Papo na Rede com Pétrus. Montagem: Orkutorcida.

Assista ao Vídeo da Entrevista



Leia a Entrevista Transcrita

Pétrus Montes.
Crédito: Orkutorcida.
Pétrus, nós sabemos que você já é conhecido da torcida, mas muitos não conhecem a sua história. Poderia nos contar como foi sua trajetória: do início da sua paixão pelo esporte até chegar ao Montes Claros?
Eu comecei a jogar vôlei muito tarde, pois acredito que seja tarde para quem começa aos 17, quase 18. Comecei a jogar no segundo ano de infanto e tive uma evolução muito rápida. Fui para Belo Horizonte, joguei pelos Clubes Oficiais da Polícia Militar (COPM) até o último ano de infanto e parei por um tempo, fiquei um pouco em casa. Voltei para atuar lá em Betim, que ainda não era o atual Sada/Cruzeiro, e por lá fiquei 4 anos. Tive passagem por Portugal também, nos times do Espinho e Fonte do Bastardo. Por último eu estive em Chapecó, pela Superliga B, e agora estou em Montes Claros.

Montes Claros Vôlei.
Crédito: Orkutorcida.
Depois dessa parada da Superliga para a Copa dos Campeões, o time parece que voltou mais focado. Foram 2 vitórias em 4 jogos. Você acha que isso foi consequência dessa parada, onde vocês conseguiram aperfeiçoar os fundamentos, ou foi um resultado natural do entrosamento dos jogadores, ou seja, já era esperado essa decolagem?
Todos esperam ansiosos o crescimento do time, não é? Antes estávamos oscilando muito nas partidas e isso foi devido á falta de uma pré-temporada, pois o time começou em Goiânia e depois transferiu para aqui. Isso tudo gerou muitos problemas. A gente sabia que o time ia ter um crescimento e ia criar uma identidade, mas tivemos que ter paciência para trabalhar e esperar o melhor de todos. Agora o time está conseguindo criar uma identidade e está conseguindo se sobressair nos jogos. Espero que se mantenha daí para acima.

Você ficou dois anos parados, certo? O que aconteceu?
Na época que eu estive em Portugal, no Fonte do Bastardo, eu tive um problema de saúde lá que me prejudicou a jogar. Eu tive uma bactéria, que se chama "estafilococos", nunca vou esquecer o nome, que quase me levou à morte. A doutora disse que eu não ia mais jogar vôlei e eu fiquei muito triste na época, abatido e emagreci bastante pelos 2 meses que eu fiquei internado. Gerou um problema no meu ombro muito grande, uma infecção. Tive que ficar parado um tempo e foi muito difícil esse período, onde eu aprendi muito. Com muita força de vontade eu acreditei que era possível e estou aqui graças a Deus.

Pétrus Montes.
Crédito: Orkutorcida.
Então a sua relação com o vôlei é mais bacana do que a gente pensava, é um história de superação.
Com certeza. Às vezes eu até me emociono com as dificuldades que eu passei lá, morando em uma ilha, longe da minha família, de todo mundo. Então tive que me virar sozinho, eu e Deus, e não foi nada fácil. Meu crescimento tanto espiritual quanto pessoal me ajudou bastante.

Veja só, você veio para o Montes Claros justamente para fazer história. Nós nunca antes tivemos um destaque individual nas estatísticas de bloqueio e você está em 5º lugar no ranking da CBV. Então, existe algum segredo para esse sucesso? Já estão de chamando de "Paredão do Montes Claros" (risos).
(Risos) Ah, fico muito feliz pela torcida. O segredo é treinamento, é se empenhar nos treinos e eu estou disposto a fazer isso, a melhorar mais. Espero estar lá em cima, no primeiro, segundo lugar do bloqueio. Não penso só no crescimento pessoal, mas do time. O que vem acontecendo nos individuais, como é o caso do Everaldo, o Tiago, enfim, eu fico muito feliz, muito contente, porque eu não esperava estar evoluindo dessa maneira, mas eu estou treinando para que isso aconteça. Sei que essa evolução traz grande responsabilidade para mim, mas espero responder à torcida e ao time. Espero sempre ser efetivo em quadra, mas sabemos que nem sempre vamos estar muito bem nos jogos, é preciso concentrar. Se eu não estiver bem, vão ter outros para entrarem em meu lugar. Tem 18 atletas para isso. Todos estão preparados e dando o seu melhor nos treinos. A tendência do Montes Claros Vôlei é só melhorar.

Pétrus, você sabe que nós estamos com 11 pontos na classificação, mas do quinto ao último está uma colocação muito instável. Montes Claros pode alcançar o quinto lugar ou o foco ainda é estar entre os oito?
Olha (risos), eu não gosto nem de lembrar das derrotas e pontos que perdemos por bobeira. Não por bobeira, mas no começo da temporada do time, dessa oscilação, perdemos pontos e partidas importantes que poderíamos ter ganhado. Porém, agora é pensar no segundo turno. Acredito que Montes Claros pode chegar entre os seis melhores. Se você ver nas estatísticas gerais, Montes Claros está entre os melhores no bloqueio, na defesa e a gente vem melhorando agora nosso ataque, nossa "bola no chão", é disso que o Montes Claros precisa. Estamos muito confiantes, o time está crescendo muito.

Família de Pétrus. Foto: Arquivo Pessoal.
Pétrus, já percebemos que sua família te apoia bastante. Todas as vezes que te indicamos para o MVP da Torcida, ninguém conseguiu te superar (risos), e isso se deve muito à campanha que fazem no facebook. Como é a sua relação com a sua família? Você é muito apegado a eles?
(Risos) Minha família, graças a Deus, é muito unida. Eles me apoiam bastante. Uma das coisas que me faz prosseguir e acreditar muito é a minha família, que é diferenciada. Agradeço cada um por torcer por mim e vai ser difícil todas as vezes que me indicarem para MVP (risos). Minha família é nordestina, são 10 filhos (risos). Mas eu agradeço muito. Não só a eles, pois eu acredito que muitos torcedores votam em mim e eu fico lisonjeado de estarem reconhecendo o meu trabalho. Tem também outros jogadores que estão muito bem e eu fico feliz por esse prêmio individual, mas depende de um passe bom, de um saque para eu fazer um bloqueio, enfim, o vôlei é um esporte coletivo, de equipe, ninguém ganha nada individualmente, o mérito vai para o Montes Claros Vôlei.

Pétrus e família.
Foto: Arquivo Pessoal.
Aproveitando essa questão da família, o que você acha que ela significa na vida de um atleta?
A gente está sempre muito longe de casa e é muito difícil para uma pessoa que não tem o apoio da família prosseguir. Eu não consigo imaginar a situação de você estar de folga ou acabar a temporada, ir para casa e não ter o acolhimento da família.

E quem é o Pétrus fora das quadras? Quer dizer, o que costuma fazer nas horas vagas? (Além de ficar no celular, é claro (risos))
(Risos) Esse tal de celular aí eu vou falar para você, é complicado (risos). Hoje em dia você olha para um lado e todo mundo está conversando no celular, mesmo um de frente para o outro (risos). Mas eu acho que tem que ter uma distração, tem que divertir também, tudo com moderação. Na equipe, quando tem a folga, a gente se diverte junto, com um churrasco, vai para a casa de um atleta, para um lugar diferente, só mesmo para distrair do foco, do estresse e do trabalho, que é o vôlei. Não faço nada demais, procuro estar indo à igreja. É descanso.

Deixamos um espaço aqui agora para você estar mandando um recado para a sua família, que já mostrou que te apoia incondicionalmente; e também à torcida montes-clarense, que te tem como o melhor jogador até o momento.
Ah, pessoal, eu queria agradecer à torcida do Montes Claros. Eu fico muito feliz por acreditar no que eu posso trazer para a equipe. Isso só me dá forças para continuar, para crescer cada dia mais. À minha família, queria dizer que amo todos vocês. A família Montes e a família Silva. Tem a família da minha namorada, que me apoia muito, eu queria agradecer. É isso, vou continuar trabalhando, tentando mostrar o meu melhor sempre. Obrigado.

Eyder, Renato, Pétrus e Ana Cristina. Crédito: Orkutorcida.

Gostaríamos de agradecer a Pétrus por nos atender e responder atenciosamente as perguntas da Orkutorcida. A entrevista pôde nos mostrar o principal fator que fez com que esse atleta pudesse ser chamado de GUERREIRO e que tem na sua família a base de todas as suas conquistas. Que a carreira de sucesso continue. Grande abraço da Orkutorcida, Pétrus!

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