segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Papo na Rede com Salsa

Olá, internautas! Estamos de volta com mais um Papo na Rede. Em nossa última entrevista do ano, conversamos com o central o Pequi Atômico - Thiago Salsa. Ele falou sobre a evolução da Superliga, sobre sua amizade com o atleta Rodriguinho, como reage a críticas e elogios e se isso reflete na sua performance dentro de quadra e muito mais! O Papo na Rede está imperdível, não deixem de conferir...

Papo na Rede com Salsa. Montagem: Orkutorcida.
Assista ao Vídeo da Entrevista



Leia a Entrevista Transcrita
Thiago Salsa em 2009.
Foto: Divulgação.
Em 2009 você chegou em Montes Claros depois de ter rodado o Brasil. Você já tinha referência da cidade? Como foi isso?
Eu vim pra cá a convite de Victor, diretor da equipe, que começou o projeto. A gente já tinha morado junto e até hoje temos uma amizade muito grande. Ele falou que estava montando uma equipe em Montes Claros. Eu já tinha vindo aqui umas duas ou três vezes com ele quando eu estava no São Bernardo e então ele falou que me queria na equipe. Eu estava com proposta praticamente fechada em Portugal, mas eu acabei recusando e vim parar em Montes Claros.

O peso maior foi do Victor ou você tinha expectativa de que o time fosse dar certo?
O peso maior foi querer ficar no Brasil. A experiência lá fora é boa, mas nada como estar no seu país, com sua cultura, com pessoas que falam a mesma língua. Isso é muito melhor.

Em termos de desenvolvimento do vôlei nacional, você acredita que perde ou se equipara ao vôlei internacional?
Hoje o Brasil está muito à frente de muitos países da Europa. Colocaria à frente do Brasil apenas a Polônia, que tem o voleibol como primeiro esporte; e a Rússia, que tem uma liga muito boa, excepcional. Hoje eu vejo o Brasil à frente da Itália.

Do Salsa de 2009 para o Salsa de agora mudou alguma coisa?
Fiquei mais velho, com mais cabelo branco (risos). Eu acho que a experiência conta bastante. Quando eu saí daqui, em 2011, passei dois anos defendendo o Canoas e cada ano a gente vai aprimorando, ganhando experiência, idade, vai mudando aos poucos.

Lançamento Superliga 2014-2015.
Foto: Marcos Ribolli.
E em relação à Superliga, o que você acha que mudou?
Surgiram três ou quatro equipes com o orçamento muito grande e acabaram trazendo grandes jogadores. No caso do Sada/Cruzeiro, desde 2009 está com a mesma equipe, mudaram poucas peças e isso faz muita diferença. Ter os mesmos jogadores, um olhar para o outro e saber o que vai fazer faz uma diferença enorme para o jogo.

E na competição, você acha que o nível aumentou?
Hoje o nível está muito mais alto. Essas quatro equipes fizeram o campeonato melhorar, principalmente em relação à parte técnica. Está muito mais difícil.

Você acredita que ter quatro equipes muito fortes motiva as demais a se fortalecerem em termos econômicos e em termos de estrutura?
Difícil falar em desmotivar as outras. Acredito que mesmo sabendo que tem equipes como o Sada/Cruzeiro, que são favoritas ao título, você entra mais motivado em querer ganhar daquela equipe para quem sabe na próxima temporada você querer defendê-la.

Rodriguinho e Salsa.
Foto: Divulgação.
Quando Rodriguinho saiu daqui você disse que iria sentir muita falta dele. Como é esse entrosamento entre vocês dois?
Eu joguei com Rodriguinho aqui em 2009, mas eu já tinha jogado com ele em 2007, em São Bernardo. Nós temos uma amizade de uns 10 anos. Fora da quadra eu vivo na casa dele e ele na minha. Tanto no lado profissional quanto no pessoal nós temos uma ligação muito forte. Senti muita falta e foi a primeira pessoa que, quando me falaram que teria o projeto novo em Montes Claros, eu queria que viesse.

Então essa relação extra-quadra interfere dentro de quadra?
Claro. Não que eu não tenha uma boa relação com os outros atletas, mas a minha ligação com o Rodriguinho não tem como comparar, porque são 10 anos de amizade. Às vezes a gente briga na quadra, por exemplo, quando vai em São Bernardo jogar. Depois que saímos dali estamos hospedados no mesmo quarto, então precisamos nos resolver antes que "o pau quebre" (risos).

Salsa e torcida.
Crédito: Orkutorcida.
Agora, falando dessa questão de efervescência, lembramos da torcida do Montes Claros. Não podemos falar das demais, mas em termos da cidade é uma torcida muito apaixonada e às vezes muito exigente. Como você lida com isso em termos de críticas e elogios? Você consegue filtrar bem, isso te atrapalha, isso te motiva, como fica a cabeça de um jogador com relação a isso?
Eu vejo assim: críticas são feitas para crescermos e são muito bem vindas, elas são aceitáveis. O que eu não aceito, não só eu como todos os outros, é a falta de respeito, porque extrapola um pouco a relação atleta-torcedor, penso que isso é um pouco fora da realidade. Mas, como acontece no futebol também, alguns acabam extrapolando. Nós, como pessoas públicas, temos que nos segurar bastante, porque não ouvimos só coisas boas, pelo contrário.

Como você faz para relaxar depois de uma partida? Às vezes o time não vai tão bem e você sai da quadra "no pique", nervoso, como você faz?
Aqui em casa: videogame (risos). Chego em casa, ligo o videogame e fico até quatro, cinco horas da manhã até conseguir digerir isso e pensar em outras coisas. Fora daqui a gente fica no quarto conversando e, como os jogos são sete, oito horas da noite, a gente dorme umas três da manhã.

Salsa, certa vez você falou que você tinha o objetivo de ganhar a Superliga. Isso ainda permanece? Como está a sua cabeça?
Com certeza toda Superliga que a gente joga a gente pensa em estar em uma equipe que concorra a títulos, que busque um título. Acredito que todo jogador quer buscar o prêmio, quer ser campeão.

Você acha que a renovação do vôlei brasileiro tem sido feita ou está deixando a desejar?
Na parte da seleção brasileira tem uma boa renovação. Acredito que tem vários jogadores que podem suprir a ausência de um. Em relação a clubes penso que falta um pouco mais de investimento nessa área de categorias de base justamente para ter novos talentos que possam substituir daqui cinco ou oito anos uma próxima seleção.

Salsa em ação beneficente em MOC.
Foto: ANDA/Vôlei.
Agora, pensando em você mesmo, você é um cara muito brincalhão. Já passou por algum problema, dificuldade, que te fez ser assim ou isso é natural seu?
Penso que dificuldades todo mundo tem. Temos que saber lidar com os problemas, não podemos abaixar a cabeça para eles. O melhor lado é você estar dando risadas, Acredito que isso te leva pra frente.

Montes Claros vem se tornando sua casa. O que te faz gostar daqui?
Eu saí de algumas cidades que têm muitos problemas de trânsito, de violência... não que Montes Claros não seja violenta, mas pra mim aqui é uma cidade grande que eu não enfrento tanta dificuldade de locomoção, conheço muita gente, fiz muitas amizades e sobre o povo mineiro eu não tenho o que falar. Eu sou suspeito porque adotei Montes Claros como minha casa. Desde 2009 eu moro aqui. Saí por dois anos, mas mesmo assim tenho residência fixa. Me sinto em casa na cidade, no ginásio, com a torcida chegando, saindo, me xingando (risos), me parabenizando... pra mim é fantástico.

Agora vamos para o nosso rally, onde você vai falando o que vier na sua cabeça com algumas palavras que dissermos.
CORRUPÇÃO: hoje em dia parece uma coisa normal, mas teríamos que mudar muita coisa nas nossas vidas para conseguir apagar tudo que está acontecendo em relação a isso.
VIRTUDE: caráter, que hoje em dia pouco se encontra.
DIA ESPECIAL: aí você vai me lascar, vou ter que falar mais de um (risos). Vou colocar o dia da semifinal aqui (no CALDEIRÃO) contra o Cruzeiro.
NATAL: família. Praticamente a única data que eu vejo minha mãe, minha vó, minha tia, meu irmão...
SUPERSTIÇÃO: eu tenho algumas. Eu gosto de rezar após a nossa reza no vestiário. Eu ainda fico um pouco mais com minhas manias. Hoje eu vou jogar com essa sunga, vou amarrar o cadarço desse jeito, etc.
FUTURO: a Deus pertence. Eu vivo cada dia como se fosse o último. Procuro fazer o meu melhor a cada dia e o que tiver de ser vai ser.

Thiago Salsa é entrevistado pela Orkutorcida. Crédito: Orkutorcida.
Nós da Orkutorcida desejamos a todos vocês (internautas e torcedores do Montes Claros) um FELIZ NATAL e agradecemos muito ao Salsa, que está brilhando na Superliga, dando muita alegria para a gente. Que JESUS neste Natal esteja no coração de vocês e que sejam muito felizes. Agradecemos a parceria durante todo o ano e que em 2015 estejamos cada vez mais juntos.
Eu queria também agradecer a todos, desejar um FELIZ NATAL, que tenham uma ótima passagem nesse Natal e que estejam com suas famílias, pois é uma data muito especial.

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