" PAPO NA REDE " COM GIOVANNI CHAGAS

1 – Para começar gostaríamos que falasse um pouco de como começou no vôlei, clube que o revelou profissionalmente e clubes por onde passou.

R: Eu comecei  no Minas, na época eu tinha 14 anos,isso foi em 1996,fiquei La ate 97. Depois fui para São Paulo no time que se chama Paulistano, depois disso fui pra Sorocaba, também interior de São Paulo. Em 2000 fui pra São Caetano e fiquei lá até 2002. Minha primeira super liga foi em 2001 no time do Lupo Náutico Araraquara. No final de 2002 fui pra UCS (Universidade de Caxias do Sul), na Serra Gaúcha, fique lá ate 2004. Em 2005 fui pro time de Bento Gonçalves, onde em Bento fui o melhor saque e o 4º melhor bloqueio da Super Liga. Em 2006 e 2007 joguei na Espanha fui melhor bloqueio da Super liga Espanhola e conquistei a Super Copa dos Campeões, Campeão da Copa do Rey e vice Campeão do Liga espanhola. Em 2008 fui para o Sada Cruzeiro onde conquistamos o Campeonato Mineiro e o 3º Lugar da Super Liga. Em 2009 fui para o Brasil Vôlei Clube conquistado o 2º Lugar no Saque e  agora na temporada 2010/2011 estou defendendo o  BMG  Montes Claros.

Confiram o vídeo elaborado pela esposa do Giovanni:

2- Quais os momentos mais marcantes da sua carreira? E da vida pessoal?

R: O momento que eu sai de casa e fui morar longe, em uma casa de família que me acolheu muito bem, e que aprendi muito. E as competições que disputei e as que conquistei todas para mim são marcantes. As principais: a copa do rei na Espanha, a super copa na Espanha, o melhor saque em Bento. E na vida pessoal o momento mais marcante foi quando fraturei meu pé na Espanha, pois estava em bom momento na minha carreira e tive que ficar parado durante três meses, porém voltei e terminei como titular e fui Vice campeão da Copa do Rey e da Liga Espanhola, e outro momento difícil foi a cirurgia que eu fiz no começo da temporada aqui em MOC. Mas com força e perseverança superei todos os obstáculos.

3- Há alguma situação engraçada do vôlei que o faça rir sozinho quando se lembra?

R: No dia que eu cheguei na Espanha eu não sabia falar nada em espanhol,o engraçado foi a tentativa de comunicação em um lugar diferente e sem saber falar a língua deles. Mas depois que aprendi o espanhol ficou mais tranqüilo.

4 – Como você vê a hegemonia da seleção brasileira masculina no cenário mundial? Tanto tempo no topo não poderia desestimular os adversários e também deixar as competições um pouco sem graça? O que as outras seleções poderiam fazer para conseguir equilibrar a disputa com o Brasil?

R: A hegemonia do Brasil se dá devido a competência da comissão técnica da seleção e da boa safra que existe no Brasil, e acredito que não desestimula as outras seleções porque a seleção ganha muito títulos, mas não é imbatível.por exemplo perderam na final das ultimas olimpíadas para a seleção Americana. E o que as outras seleções podem fazer é dar qualidade aos treinamentos de cada equipe.

5- Sabemos que você passou por uma cirurgia logo no início da temporada e teve que ficar parado por um período. Isso ocorreu no início da temporada, mas o fato de ter feito essa cirurgia influência, ainda hoje, de alguma forma no seu desempenho em quadra?

R: Minha cirurgia (Terceiro Ventriculostomia) foi realizada no dia 20 de Setembro de 2010. Logo após a cirurgia, tive um pouco de dificuldade, mas me recuperei mais rápido do que uma cirurgia de joelho ou mesmo do pé que fraturei! Mas já tem muito tempo que  estou treinando normalmente, desde a terceira semana  pós cirúrgico fui liberado pelos médicos responsáveis  e  voltei a treinar e batalhar pela minha posição. Tenho todos os exames e laudos dos médicos responsáveis pela cirurgia e estou apto a praticar o vôlei, que é minha profissão. Além disso  toda a comissão e diretoria sabe da minha recuperação e capacidade para poder jogar,e todos tem esses exames e laudos em mãos.

6- Se não fosse jogador de vôlei conseguiria se sair bem em algum outro esporte?

R: Os outros esportes que gosto muito é Formula 1 e futebol  americano, não sei se sairia bem em algum desses.

7- Como foi adaptar-se à cidade de Montes Claros, teve alguma dificuldade?

R: Não tive nenhuma dificuldade, pois a cidade me acolheu muito bem,e também por estar acostumado a me mudar muito também.

8- Giovanni, você já teve a oportunidade de jogar aqui defendendo o Brasil Vôlei com torcida contra e agora tem a torcida do seu lado. Consegue descrever o sentimento do jogador quando entra em quadra para jogar contra a apaixonada torcida do Montes Claros e o sentimento de quando joga a favor?

R: O sentimento de jogar contra e indescritível, eu particularmente gosto muito de jogar com torcida contra. O ano passado quando jogava no Brasil vôlei, o meu sentimento e o que me motivava quando jogava aqui é dar o meu Máximo para poder silenciar um ginásio com 10 mil pessoas, que foi o publico do ultimo jogo das quartas de final no ano passado. Hoje com a torcida a favor é um sentimento muito prazeroso também, jogar com um ginásio lotado como o daqui, gritando meu nome, me estimulando sempre e me apoiando. Isso arrepia mesmo, é indescritível esse sentimento.

9- Pra encerrar queremos agradecer a atenção dada à OrkuTorcida e saber se já experimentou o PEQUI que dá força para os jogadores (risos)?    

R: Já experimentei sim, não gostei muito (risos), mas minha mãe e meu sogro gostam muito e sempre levamos pra eles. Obrigado A todos Pela Torcida e incentivo nesta temporada.

Giovanni agradecemos sua atenção em nos responder, certamente já admirávamos o seu trabalho, não só pelo jogador competente e vencedor, mas muito mais pela sua simplicidade e carinho com que trata a todos! Parabéns! Boa sorte e vamos PRA CIMA DO MINAS!!! Conte sempre conosco, REALMENTE A MAIS FIEL E APAIXONADA TORCIDA DO BRASIL! Forte Abraço!

R: Obrigado A todos Pela Torcida e incentivo nesta temporada.

GIOVANNI # 12