sábado, 18 de março de 2017

Papo na Rede com Luan

Olá, internautas! Mais um Papo na Rede na temporada, desta vez com o nosso oposto destaque da Superliga 2016-2017: Luan Weber. Na entrevista falamos sobre seu desempenho na competição, sobre o carinho recebido pela torcida, os vícios que ele tem, o que vai fazer se for convocado pra seleção e fizemos o atleta até fazer uma promessa caso o Montes Claros avance para as semifinais, fora o segredo que teve que revelar. De verdade, este provavelmente foi o melhor bate-papo na temporada, torcida! Vale a pena conferir...

Papo na Rede com Luan Weber, Montes Claros Vôlei 2016-2017. Montagem: Orkutorcida.
Assista ao Vídeo da Entrevista


Leia a Entrevista Transcrita

Luan Weber. Foto: MCV.
Domingo (19/03) é o primeiro jogo dos playoffs e o adversário do Montes Claros vai ser o Campinas. Os dois sempre protagonizam bons jogos na competição. Como estão os preparativos e a expectativa?
A hora boa chegou, não é? (Risos). Os playoffs estão aí. A equipe do Campinas é nivelada com a nossa. Nós temos um patamar de jogadores mais novos e eles de mais velhos. Os confrontos da fase classificatória foram bem acirrados. Tivemos alguns estudos relacionados a isso, de partes positivas que fizemos e partes negativas, mas pensando mais nas positivas, principalmente aquelas dentro de casa, naquele jogo de 3x1. Creio eu que foi um dos melhores jogos que fizemos, tirando o do Taubaté, por exemplo. Mas voltado a isso nós temos uma cabeça muito boa e perspectivas muito boas pra conseguir essa vitória, que vai ser muito importante pra gente.

Desde Lorena, nós não temos um oposto que está tão bem ranqueado entre os maiores pontuadores da Superliga, e você terminou a fase classificatória em terceiro lugar, com 313 pontos; gosta de afrontar adversário, vibra dentro de quadra... quer dizer, é tudo que a torcida procura. Que que você achou dessa trajetória sua e sobre a comparação com o maior ídolo que o Montes Claros já teve: sente alguma pressão?
Lorena eu o acompanhei desde a minha base e acho que ele é um jogador que põe "a veia" dentro de quadra (risos). Isso aí é uma parte individual muito bem vista, são poucos jogadores que exercem esse papel. Minha posição de oposto é uma posição mais solta. Eu costumo dizer que é o cara que "resolve os pepinos". Seja qual bola for a gente tem liberdade de errar e eu coloco uma garra que eu vi que eu busquei, principalmente no Lorena. Pela passagem que ele teve aqui em Montes Claros eu penso que tinha que ter isso novamente, buscar resgatar nem que fosse na mesma posição, ou se alguém tivesse fazendo esse papel seria muito bacana. Lorena foi muito feliz naquele ano, não é? Fizeram a final e foi o maior pontuador da Superliga. Ele é uma pessoa que buscou algo muito grande e eu estou fazendo o meu papel. Sempre fui assim, desde moleque, desde a base, buscando vibração. Às vezes isso impulsiona o time e também ajuda a trazer a torcida para o nosso lado.

Oposto Luan. Foto: Fredson/MCV.
É muito complicado a gente falar de renovação, porque envolve muitos fatores, não gostamos de pressionar o atleta... mas você já renovou? (Risos).
(Risos) Não, ainda não conversei nada não, porque tem um foco aí para cumprir ainda.

Brincadeira. Mas qual o seu nível de satisfação de vestir a camisa do Montes Claros? Como você analisa a temporada até agora?
Pelo meu meu histórico, nos dois últimos anos que passei em Maringá, com lesão, foi algo que não esperava. Montes Claros apareceu em um momento que eu estava voltando a aparecer em cenário nacional. Voltar a trabalhar com Marcelinho, com o qual já trabalhei anos atrás, por duas temporadas. E conversando com amigos que já jogaram aqui a gente acaba pegando informações. Montes Claros me recebeu muito bem, principalmente a torcida, achei isso muito bacana, eu sempre busco estar trabalhando ao lado, tentando trazer, e aqui é a maior média de público, isso é muito bacana. Estou muito feliz de estar aqui este ano e tem tudo pra dar certo mais pra frente também, a gente vai conversar sobre isso ainda (risos). Mas estou muito feliz.

Luan e torcida de Montes Claros.
Inclusive, com essa performance sua, você tem tudo para estar na seleção brasileira em breve. Você é novo, tem o perfil que o Brasil precisa. E se você fosse convocado hoje, como reagiria à notícia?
É difícil falar sobre esse ponto. Eu passei por seleção de base, fiz meu papel independente de resultado e creio eu que seleção seja mais consequência. É claro que valoriza, é algo muito bacana, mas é consequência do trabalho que fazemos aqui dentro. Vai refletir da temporada que eu estou fazendo. Se terminar bem e (a oportunidade) aparecer? Show, vai ser muito bem-vinda. Um degrau a mais que vou subir na minha carreira. É algo que eu almejo ainda, mas tem opostos muito bons aí na competição, o Renan, que está aparecendo bastante, por exemplo. Enfim, são pessoas de níveis maiores que a gente está disputando. Isso vai ser uma consequência. Vou ficar muito feliz se isso acontecer, mas eu tenho que pensar no meu papel em Montes Claros.

Weber. Foto: MCV.
Com relação ao carinho da torcida: o que achou do apelido de "doidão"?
(Risos) Olha... eu acho que tem a ver com o papel que estou exercendo dentro de quadra. Eu faço um ponto eu puxo a camisa, o cabelo... é um pouco meu perfil. Até os próprios amigos do time me chamam: "Luan, você é doido demais!".

Só pra ressaltar: isso é um elogio! (Risos).
(Risos) Não, mas eu me prego alguns apelidos, eu acho até bacana. As pessoas vão lembrar: "Ah, você é o Luan doidão, lá de Montes Claros".

Inclusive você veio de Maringá, que também tem uma torcida muito participativa. O fator torcida é algo que te influencia a fechar com o clube ou foi só uma coincidência?
O fator torcida tem os dois lados da mesma moeda, não é? É bacana jogar contra, por exemplo nesse jogo em Juiz de Fora, onde já joguei e a torcida caiu em cima de mim demais, porque eu fazia o ponto e virava pra galera. Mas o carinho que a gente tem por passar em um clube ajuda. Você é bem recebido, é bem tratado e a partir do momento que você vai exercer seu papel dentro de quadra a torcida reconhece. Então temos que saber reconhecer também o papel que a torcida faz, que é muito bacana. O que é de um clube se não tem a torcida? Isso gira em torno de qualquer esporte. Em Montes Claros foi uma das torcidas que eu mais gostei. No jogo do Cruzeiro, por exemplo, 7.000 pessoas dentro do ginásio e eu não conseguia escutar nem o que Marcelinho estava falando, eu tinha que chegar muito perto dele. É a maior torcida que eu já passei com certeza, em termos de força e vibração. Maringá também foi uma passagem muito boa, teve uma média de público muito boa. Me receberam muito bem, fiz grandes amizades lá, assim como aqui e tem que continuar exercendo esse papel. A torcida é um dos fatores fundamentais que impulsiona a gente dentro de quadra pra vencer e darmos sempre o melhor.

Esse jeito "elétrico" seu dentro da quadra é também assim no dia a dia? Você tem essa hiperatividade?
Ah, eu sou, totalmente (risos). Às vezes está todo mundo reunido aqui, calado, eu vou lá e dou um cutucão no outro só para incomodar mesmo. Às vezes até um treino, antes do jogo, algumas coisas você não consegue fazer da forma correta ou alguém está cansado e você dá uma agitada. Nem sempre as coisas funcionam dessa forma e eu tento dar um padrão pra saber quando o atleta vai agir da mesma forma, eu sou assim. A todo momento, até com a minha esposa em casa, eu incomodo ela demais.

Tatuagens de Luan: marca negra, hipogrifo e coruja de HP.
Agora nós vamos para uma parte da nossa entrevista, um momento mais tenso, onde a gente quer saber de você a revelação de um segredo. Muitos de nós, torcedores, crescemos assistindo à saga Harry Potter. E enquanto fanáticos não deixamos de notar que você tem a marca negra em seu braço. Então, está na hora de revelar: você é seguidor de Você-Sabe-Quem? (Risos).
Não (risos), apesar de simpatizante. Mas sou fã também, tenho supercoleções de livros da saga e há dois anos eu resolvi fazer a tatuagem da marca negra. É um negócio que eu gosto. Tatuagem é algo que a gente faz que é muito da pessoa.

No caso dessa, como surgiu a ideia e o que significa para você exatamente?
São duas coisas na verdade. Eu sou fissurado em caveira. Não fiz porque de repente como atleta a imagem pegaria um pouco mal, sei lá. Eu gosto de cobra também. São bichos que eu gosto e inclusive coincidiu com juntar as duas coisas (na marca negra). Foi também relacionado ao filme do Harry Potter, tanto que eu tenho a coruja e tenho o grifo, que é metade águia e metade leão. Sou muito fã mesmo.

Perguntas mais rápidas para finalizar:
SUA CASA DE HOGWARTS: Grifinória (risos);
HOBBY: airsoft;
VOCE NÃO FICA UM DIA SEM: minha cachorra, sou apaixonado com ela. Quando viajo fico com o coração na mão por causa dela e da Camila (esposa);
SUPERSTIÇÃO: fazer manchetão em dia de jogo, senão parece que nada dá certo;
UMA VIRTUDE QUE VOCÊ ADMIRA: a garra, a vibração. Em tudo que você vai fazer tem que ser determinado, objetivo.
ÍDOLO: meu pai, sempre trabalhador, nunca deixou faltar nada pra gente. Minha família.
UMA PROMESSA SE MONTES CLAROS PASSAR PRAS SEMIFINAIS: (risos) sei lá, pintar o cabelo das cores do Montes Claros: verde e amarelo, talvez? Metade metade? (Risos). Pode ser, se passar eu pinto, vou jogar com o cabelo pintado.

Luan Weber é entrevistado pela Orkutorcida. Foto: Orkutorcida.
Sem dúvida uma conversa muito descontraída com o nosso oposto, que foi superatencioso em nos receber e responder às perguntas da Orkutorcida. Somos fãs do atleta e ficamos mais ainda após esse bate-papo. Já deixou sua marca na história do Montes Claros e tem tudo pra brilhar mais ainda nos playoffs. Agradecemos mais uma vez pelo bate-papo, Luan! Grande abraço da Orkutorcida.

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