sábado, 4 de março de 2017

O Que Esperar do Montes Claros na Reta Final da Superliga 2016-2017?


Depois de fazer um belo primeiro turno na competição, terminando em terceiro lugar, com 24 pontos, Montes Claros vem mostrando uma performance bem abaixo das expectativas no returno. Os resultados podem ser justificados pelas lesões de atletas titulares, mas não foi em todas as partidas que houve esse cenário. 

Montes Claros mostra queda de rendimento na segunda metade da temporada 2016-2017. Foto: Fredson Souza/MCV.

É difícil definir ao certo o que provoca queda de rendimento em uma equipe. O vôlei é um esporte muito complexo, que engloba várias variáveis. Já vimos muitas histórias de superação, times que não tinham chances nenhuma de vencer, e venceram. É um misto de Garra e Técnica, que precisam estar muito bem sintonizados com uma estratégia bem definida no jogo.

Em nove jogos no returno da Superliga, Montes Claros conseguiu apenas 10 pontos, não chega nem a 50% do que conseguiu no primeiro turno, e só restam dois jogos para encerrar a fase de classificação. Jogos que estavam nas mãos escaparam diante das oscilações do time no decorrer das partidas. O que parecia estar muito bem encaixado e estratégico no primeiro turno se perdeu no segundo. O time não consegue mais se dar bem nos momentos decisivos, são erros demais, sempre aquele “quase”. Os finais de sets tem sido tensos, nem a mais ampla vantagem para fechar parece estar sendo o suficiente, isso é grave. Está faltando autoconfiança. O psicológico está abalado, mas por quê? Cadê a sede de vitória?

Nós, enquanto torcedores, não podemos dar uma opinião profissional sobre essa queda de rendimento do time, só podemos julgar o que vemos dentro de quadra, e a culpa passou a cair sobre o comandante, processo comum no esporte. Marcelinho passou a ser julgado por algumas trocas durante os jogos, pelo menos na visão da torcida, que tem se revoltado com o que tem visto e tem sentindo essa desmotivação em muitos jogadores. Repetindo: visão de torcedor. Necessário falar que Marcelinho é um grande técnico, apesar dessas incoerências. Não foi à toa que o time chegou ao quinto lugar, atrás somente de times com jogadores de seleção brasileira.

Ressalta-se que uma equipe que desperta sentimento de frustração no seu público certamente mostrou em algum momento que é capaz de muito mais do que vem mostrando. Se a torcida sente raiva de uma derrota é porque sabe que o time podia vencer, caso contrário já tinha abandonado e “o que viesse era lucro”. A torcida passou a ser gananciosa com o passar dos anos e isso se deve ao crescimento do projeto. Vimos uma equipe muito guerreira fazer um primeiro turno brilhante e surpreender times com orçamentos muito mais caros. Cadê aquele foco? Cadê aquele entrosamento? A culpa é da pressão que a torcida coloca?

Há uma grande chance de o Montes Claros encarar o Campinas nas quartas de final e o histórico de confrontos entre as duas equipes é muito equilibrado, provavelmente o mesmo número de vitórias pra cada lado. Porém, o Campinas cresce em momentos decisivos, é o atual vice-campeão da Superliga e vai dificultar o confronto ao máximo. É pedreira das grandes. Porém, o Montes Claros precisa se impor, precisa apresentar o voleibol que sabe, tem que meter medo no adversário, porque se continuar com essa postura não vai passar das quartas.

Sonhamos alto com essa temporada: sonhamos com uma final de Mineiro, com pelo menos uma vitória na Copa do Brasil, com uma final no Sul-Americano e com um G-4 na Superliga, mas nenhum deles veio, complicado. Difícil culpar só o técnico, mas algo se perdeu no meio do caminho. Não vencer nenhum tie-break em 2017 é grave, e foram cinco até aqui (quatro no campeonato nacional e um no Sul-Americano).

Não sabemos mais o que esperar, as oscilações são muitas! Mas o que temos certeza é que se o time conseguir resgatar aquele espírito, aquele entrosamento, aquela autoconfiança, de 2016, certamente vai conseguir uma vaga nas semifinais. Reage, Montes Claros! A nossa torcida não vai parar! #GOMOC.

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