terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Papo na Rede Extra: Entrevista com Léo Caldeira (Canoas Vôlei)

Olá, torcedores! Resolvemos bater um papo com um grande atleta que já jogou no Montes Claros na terceira temporada da equipe (2011). Na conversa falamos sobre seu retorno ao Brasil depois de quatro anos fora, as mudanças que encontrou na Superliga em comparação à de 2011-2012, sobre as Olimpíadas de 2016, como tem sido sua experiência no Canoas, as amizades que fez em Montes Claros e mais. Dê só uma conferida...

Entrevista com Léo Caldeira, do Canoas Vôlei (ex-MOC). Montagem: Orkutorcida.
Leonardo Caldeira no Besiktas.
Foto: Divulgação.
Em 2011 você estava no Brasil, quando defendeu o Montes Claros. Depois de quatro anos está de volta à Superliga. O que aconteceu nesse meio tempo e como surgiu a oportunidade de voltar para cá?
Depois de Montes Claros eu fui para a França e acabei ganhando o campeonato de acesso. Depois retornei para a Grécia, que foi o lugar onde tinha jogado e sido campeão. Fiquei lá por dois anos, fui bicampeão grego e consegui a minha transferência para a Turquia, para o Besiktas, que é um clube de tradição, conseguimos chegar entre os melhores e classificar o time para o campeonato europeu, que foi um grande objetivo alcançado, pelo poder que a gente tinha. A vontade de voltar a jogar no Brasil foi uma grande coincidência. Meu filho estava nascendo e eu priorizei muito essa questão de família, meu filho morar no Brasil, falar a própria língua e ter a família perto, além de trabalhar com um grande técnico: Marcelo Fronckowiak, que admiro e ensina muito, além de ser um grande ser humano. Então aceitei a proposta muito rápido, é um projeto muito bacana, com pessoas muito capacitadas e só depende de mim para ter um desempenho muito bom dentro das quadras.

Você tem uma boa experiência no esporte. Já disputou inclusive a Champions League. Pensando nas competições que estão por vir entre as seleções mundiais, como as Olimpíadas, você acredita que o Brasil está preparado para encarar as disputas de vôlei?
Eu vejo que essa volta para o Brasil me ajudou e veio a questão do voleibol brasileiro, técnica e tática, e isso tem me ajudado muito. Eu penso que o Brasil é sempre uma potência mundial, por ter um ambiente bom de trabalho, uma comissão técnica muito vitoriosa, uma das maiores da história do voleibol. O Brasil tem chances sim, vai depender muito da condição física desses jogadores, como eles vão chegar nas Olimpíadas, mas acredito que o Brasil vai brigar por medalha e a gente nunca sabe, não é? Brasil na final de uma Olimpíada, com aquela pressão da torcida ali, pode muito bem ganhar uma competição dessa novamente. Tem uma geração boa e está sendo bem treinada. Na hora que juntar toda essa potência briga por medalhas e sempre brigará.

Léo Caldeira no Canoas Vôlei.
Foto: Divulgação.
Qual o cenário de vôlei que você encontrou agora nos torneios nacionais, em termos de competitividade, organização, etc., comparados há quatro anos, quando esteve em Montes Claros?
O que eu vejo é que na Superliga daquela época tinha alguns times muito fortes e outros bem abaixo. Hoje está muito mais parelho, onde do quarto até o oitavo a diferença é de poucos pontos, e isso mostra que está tendo um equilíbrio muito grande. A organização é a mesma, mudou pouco. Essa parte dos regionais também, que nós ganhamos o gaúcho esse ano (2015) foi um campeonato muito disputado e muito importante, o melhor dos últimos anos. Teve uma competitividade muito grande entre nós (Canoas), Bento e Voleisul. Você pode ver que são três times gaúchos que podem figurar entre os playoffs da Superliga. Uma das coisas boas também que voltei a jogar no Brasil é de eu estar jogando com Sandro, não é? Meu melhor amigo, de base e tudo e hoje é um sonho realizado, que eu não podia terminar a carreira sem jogar com ele. Pra mim é um prazer imenso.

Como tem sido sua experiência no Canoas?
Minha vida em Canoas é serena e tranquila. Moro do lado do ginásio, então acabo indo para o treino a pé. É uma cidade boa, onde se come bem e com pouco gasto, do lado da grande Porto Alegre. E a gente está bem aqui. Estamos gostando muito da equipe, de tudo. Pra nós tem sido uma coisa fantástica. Então estamos sempre agradecendo esse local aqui, que nos acolheu desse jeito.

Léo Caldeira e Torcida de MOC.
Crédito: Orkutorcida.
Qual a importância que você atribui na interação atleta-torcedor e como era a torcida no seu clube no exterior?
Eu vejo como uma importância muito grande. No exterior tem muito disso. O torcedor está sempre no dia a dia com um atleta, seguindo e eu vejo isso como uma importância muito grande. Eu, como Leonardo Caldeira, respeito muito esse lado, porque uma pessoa que gosta de ver eu jogando eu bato palma (risos), e eu tenho o prazer de trocar informações, então sempre me dei bem nessa questão de sócio-torcedor junto com a equipe. Nos últimos dois anos joguei em dois clubes de massa, dois clubes de futebol: Besiktas e Olympiakos. Então, as torcidas desses times são muito calorosas. Eram jogos com 5.000, quando não cabiam 10.000 pessoas. Era uma torcida verdadeira. Não era uma coisa de "ambiente voleibolístico", que a gente vê aqui no Brasil, que é uma coisa respeitada. Era uma torcida de futebol, então era muito "quente" (risos). Muitos jogos foram decididos com a torcida ali e foi um grande espetáculo.

Léo Caldeira e Rivoli em MOC.
Você fez boas amizades com torcedores enquanto esteve no Norte de Minas. O que de bom você guarda daquela época?
Olha, me dei bem com vocês aí (Orkutorcida), é uma pena eu não ter ficado mais, o time estava bem e então aconteceram todos aqueles problemas, que não preciso nem tocar no assunto. Vocês são pessoas maravilhosas, que levam o voleibol para o mundo inteiro hoje, a Orkutorcida. Tanto no facebook quanto no instagram. Eu vejo isso com muita importância, eu dou muito valor a vocês e é uma pena eu ter tido tão pouco tempo de conviver, de fazer melhor, e acabou que não tivemos essa sorte. Mas estou sempre acompanhando, gosto muito de vocês, são pessoas que me acolheram bem, fizemos churrascos juntos e agradeço muito pela educação primeiramente, por tudo que são. Respeito muito e é legal.

Deixamos um espaço aqui para você mandar um recado aos seus torcedores.
Gostaria de agradecer a toda essa participação que eles fazem lá nas redes sociais, na minha página (Leonardo Caldeira), no insta (@leocaldeira7) e estão sempre maravilhosamente me apoiando. Gostaria de agradecer muito isso e dizer às pessoas para se inscreverem no meu canal no youtube, a gente sempre posta vídeos, até mesmo de partidas que não puderam ser televisionadas. Temos imagens, fotos, tudo. Queria agradecer a eles e dizer que a gente está sempre fazendo o melhor. Com a força dos torcedores a gente consegue fazer algumas coisas valerem mais a pena. Queria agradecer a vocês (Orkutorcida) também pela entrevista e se precisarem de alguma coisa estou sempre à disposição. Estamos aí. Um abraço a todos.

Léo Caldeira e torcida montes-clarense. Crédito: Orkutorcida.
Léo foi um dos atletas que a gente se tornou fã devido à Raça que demonstra em todas as partidas. Na temporada 2011-2012, rapidamente ganhou destaque e se consagrou como o melhor jogador do time, até ter tido uma inconveniente lesão que o afastou das quadras e ele foi para o exterior no meio da temporada. No entanto, a amizade com a Orkutorcida permaneceu mesmo com a distância e desejamos que tudo continue dando certo na carreira do atleta. Temos grande respeito e admiração por cada jogador que passa pelo clube do Montes Claros. Valeu, Léo! Grande abraço.

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