Hoje é a vez do
torcedor Claudio Alves contar a sua história, narrando sobre a fila
quilométrica que ele e seus amigos tiveram que enfrentar para comprar o
ingresso para a semifinal do Moc contra o Sada/Cruzeiro. Ficou muito bacana a
história, acompanhe...
Dizem que as coisas mais difíceis são as que mais valem a pena, e
no meu caso essa frase é verídica. A história que vou contar pra vocês é do dia
que mais sofri pra conseguir um ingresso pra acompanhar um jogo do Moc. Eu, meu
irmão e mais um grupo de amigos sempre acompanhamos o time desde o começo.
Foi na semifinal da superliga 2009/2010, a cidade respirava vôlei
e ninguém queria ficar de fora daquela partida entre o FUNADEM/MONTES CLAROS e
SADA/CRUZEIRO. Os ingressos foram colocados à venda em todas as palimontes da
cidade.
Assim que eu soube, "corri" para uma filial da loja, mas
a fila já estava quilométrica. Eu, como um apaixonado pelo vôlei de Montes
Claros, não vi nenhum problema em encarar aquele “desafio”. Fiquei de meio-dia
até às 18 horas. E, mesmo ficando durante todo esse tempo, não consegui comprar
meu ingresso, nem os dos meus amigos. Voltei pra casa desanimado e triste com a
situação, pois pela primeira vez iríamos ficar de fora do jogo do Pequi Atômico
no "caldeirão". Mas um apaixonado pelo vôlei não poderia desistir
fácil daquele jeito. Assim, reuni meus amigos e os chamei para ir pra porta do
ginásio, todos toparam.
Chegamos no ginásio por volta das 23h30 e já tinha gente na porta,
sendo que o jogo era no outro dia. Então, uma senhora começou a organizar uma
fila, pois a cada minuto chegavam mais e mais torcedores. Passamos a noite
inteira acordados e com a dúvida se iríamos ou não ver aquela partida que
entraria pra história do time como sua maior virada até hoje.
William - supervisor técnico |
Por volta de 1h30, o supervisor técnico William apareceu no
ginásio, conversou com aquele bando de apaixonados e disse que iria fazer o
impossível para que pudéssemos ver aquele jogo. As palavras dele nos motivou a
continuarmos ali, apesar de todo o frio, e só iriamos desistir se tivéssemos
certeza de que o que estávamos fazendo não iria dar em nada.
Quando o dia amanheceu, a fila já dava uma volta completa em torno
do ginásio. A bilheteria abriu por volta das 11 da manhã para a alegria de
centenas de pessoas que ali estavam durante uma noite e uma manhã inteira. Mal
pudemos acreditar que havíamos conseguido, mas, com os ingressos nas mãos, eu e
meus amigos voltamos pra casa felizes como crianças que acabaram de ganhar um
brinquedo novo.
Foi naquele jogo que os Guerreiros do Montes Claros deram provas mais que suficientes do quanto o vôlei era importante pra cidade, do quanto somos apaixonados, e eu fico feliz por ter feito parte de tudo aquilo, e com certeza faria tudo novamente. Eu simplesmente deixo de fazer qualquer coisa pra assistir ao jogo do Montes Claros e acordo sem voz no outro dia com a sensação de dever cumprido. Pelo Moc, eu discuto, eu brigo. É um sentimento que me alegra, faz sorrir, e também me faz chorar, ficar triste, enfim, me faz me sentir completo.
Vontade de viver essas emoções todas de novo! Parabéns Cláudio, só quem é como a gente que entende a sensação de estar no caldeirão lotado torcendo pelo MOC. E parabéns à orkutorcida pelo espaço aberto em que os torcedores podem compartilhar histórias movidas pela paixão pelo Pequi Atômico. #GOMOC
ResponderExcluirQue bom saber que aquele dia foi inesquecível para outras pessoas , realmente a sensação de assistir aquele jogo foi única , da vontade de viver aquelas emoções novamente.
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