quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Papo na Rede com Vivalde

Olá, internautas! Hoje o Papo na Rede é com o nosso ponteiro, que já foi oposto da equipe, Vivalde Alves. Na entrevista, ele fala sobre como o time recebeu a saída de 5 atletas de uma só vez, sobre a diferença do seu perfil dentro e fora de quadra, sobre o cenário atual do voleibol, a expectativa para o confronto contra o Sada/Cruzeiro e mais. A conversa foi bastante descontraída e bacana, não deixem de conferir!

Papo na Rede com Vivalde. Montagem: Orkutorcida.

Assistam ao Vídeo da Entrevista



Leiam a Entrevista Transcrita

Montes Claros Vôlei.
Crédito: Orkutorcida.
Vivalde, 5 jogadores saíram do time. Como que a equipe recebeu isso?
Acredito que foi uma surpresa, não é? Nenhuma equipe espera que saiam 5 jogadores na atual posição que estavam dentro da equipe, sendo a maioria deles titular e estavam fazendo uma grande diferença. Pesou também a questão de terem saído muitos de uma posição só e tivemos que fazer essa adaptação: eu sair de oposto e jogar como ponteiro. Então, a equipe pode ter sentido um pouco essa questão de um oposto jogar na ponta. Mas eu creio que todos receberam bem e vêm me dando apoio para que eu possa crescer.

Vivalde. Crédito: Orkutorcida
Olhamos para o banco e vemos que o time não tem mais ponteiro. Você acredita que a pressão fica maior sobre você se não estiver jogando bem?
Não só em mim. Penso que todos têm dificuldade, porque existe aquele dia em que as coisas podem não dar certo, mas também pode ser uma posição onde temos que ver as pessoas se superarem. Eu penso que a equipe tem trabalhado isso com maior facilidade. Você dá a mão para o próximo porque precisa.

Vocês tiveram uma conversa sobre a definição das posições?
Com certeza. Foram dadas as opções que cada um teria para trabalhar e se todos concordariam em participar da Superliga apenas por jogar ou se tentaríamos fazer a diferença como estávamos fazendo. Então fomos buscar o que queríamos desde o começo: a classificação.

Essa questão é interessante: a mudança de posição foi imposta pela diretoria ou o atleta foi consultado?
Foi uma necessidade, e me foi perguntado se eu poderia fazer a ponta já que eu teria mais facilidade que os outros.

Vivalde no Monte Cristo.
Foto: CBV.
Você já jogou muitos campeonatos lá em Goiânia. Como foi o início da sua carreira?
Olha, é um nível totalmente diferente. Em Goiânia não tem apoio nenhum ao esporte. Nem em um campeonato que tem uma relevância tão grande como a Superliga. Então, acredito que minha carreira se iniciou aqui (Montes Claros), porque aqui sim eu posso dizer que é um cenário bom, que tem um nível um pouco mais elevado. Eu tive uma base um pouco falha. Penso que aqui estou começando a me adaptar.


Como é essa questão da torcida: é bom jogar ou você é mais tímido quanto a isso?
Não, acredito que não tenho esse problema quanto à torcida. Acho que a torcida daqui, claro, todos que vêm querem que (o time) ganhe. Vemos que a torcida vem diminuindo de um ano para outro e isso se deve à campanha que a gente tem feito. Mas nós agradecemos e temos essa visão de que vocês que nos apoiam fazem a diferença. Nós queríamos dar o resultado que a torcida espera, porém nem tudo acontece. Nós temos que ter paciência pra ter o ginásio lotado, mas agradecer as pessoas que estão vindo.

E como é o Vivalde fora das quadras? Porque dentro você tem aquela questão de vibrar muito, mas quando acaba o jogo você é mais tímido. Como é que é isso? (Risos)
(Risos) Eu sou um cara bastante sossegado. Não gosto muito de sair, preservo meus princípios e as minhas coisas e na quadra eu tento colocar o espírito de guerreiro e força de vontade que eu tenho.

Fabiano e Pétrus.
Crédito: Orkutorcida.
Estávamos falando do elenco e você disse que ele se uniu bastante. Isso a gente percebe durante os jogos, com um puxando o outro, levando o moral do time, tentando fazer o diferencial mesmo. Você tem algum colega, jogador que você tem mais afinidade nesse grupo?
Com certeza todos nós temos mais afinidade com algumas pessoas e aquelas com quem eu moro com certeza eu tenho um espaço maior, temos mais liberdade para falar as coisas. Porém, eu creio que no grupo, na atual situação, todos nós temos liberdade um com o outro. Aprendemos isso e também dependemos disso para que a gente possa crescer.

Você ainda estuda, faz o curso de Educação Física. Como é que é conciliar a carreira de jogador com a carreira de estudante?
"Cara", é complicado. É bastante puxado. O esporte traz um desgaste muito grande e você ainda tem que ir para uma sala de aula, escutar e ficar sentado, mas não é impossível, depende do que a pessoa quer. Eu tive uma base onde eu aprendi a estudar. Então, eu conciliei o estudo desde que eu jogo. Eu tive os meus momentos de dificuldade, mas deu para superar.

RJ Vôlei em crise.
Foto: Ahebrasil.
Como você observa o cenário brasileiro hoje para o atleta: está favorável ou desfavorável?
Eu vejo que o cenário está em um meio termo. Acredito que não tão favorável.  Poderiam ser mudadas várias coisas para acrescentar aos atletas. Penso que o vôlei brasileiro, não só na nossa equipe está acontecendo essas diversidades, mas em várias outras equipes, a questão de patrocínio, visibilidade da mídia, isso poderia mudar a fim de viabilizar uma melhor condição.

Vivalde, no primeiro turno, contra o Cruzeiro, você foi o destaque do Montes Claros. Qual que é a expectativa para essa partida da segunda fase?
É a mesma. Nunca deixei de entrar na quadra com vontade de fazer o meu melhor. Então, eu espero que o jogo saia como foi lá e espero que possamos conseguir essa vitória.

Vivalde. Crédito: Orkutorcida.

Agradecemos toda a atenção que o atleta Vivalde teve conosco. Sem dúvida pudemos conhecer um pouco mais do seu perfil desse jovem jogador que ainda deve aparecer muito no cenário do voleibol. Parabéns pela sua garra, Vivalde! Grande abraço da Orkutorcida.

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