terça-feira, 17 de julho de 2012

CRISE NO VÔLEI?

Apesar de termos visto a Superliga mais competitiva de todos os tempos em 2011/2012, uma crise parece ter atingido o voleibol brasileiro.



A Superliga 2011/2012 foi daquelas de marcar a história do voleibol, onde a competitividade entre as equipes se destacou. Primeiro e último colocados deviam ser tratados com o mesmo respeito e o novo sistema de pontuação ganhou a aprovação da maioria dos torcedores, já que deixou o campeonato mais disputado. Porém, se isso parecia que iria servir de propaganda para o vôlei brasileiro, agora o esporte mostra-se em crise.

Vários são os jogadores de médio e alto nível desempregados, o que possibilitaria a formação de pelo menos três equipes competitivas, ainda mais depois do fim do Montes Claros Vôlei, já que ficaram também sem equipe os levantadores Jotinha e Quaresma; os ponteiros Bob e Reffatti; o líbero Brendle; e o central Ialisson. Outros grandes atletas completam a lista.

Alguns culpam, por essa crise no vôlei, o supertime RJX, que na última temporada teve seu orçamento estimado em 18 milhões, valor de investimento bastante elevado para o esporte. Com a entrada carioca na competição, o vôlei parece ter sido inflacionado e ficou ainda mais difícil manter uma equipe. Se há algum tempo era possível formar uma de alto nível sem gastar tanto, isso já não é mais possível.

Dessa forma, a solução para maior parte dos atletas deve ser procurar times internacionais, o que só tende a prejudicar o esporte brasileiro. Como exemplo, um dos ícones do vôlei nacional, o ponteiro Giba, que já foi considerado o melhor atleta do mundo, desfalcou a Superliga 2011/2012 devido à uma cirurgia no joelho. Recuperando a sua forma e já confirmado para as Olimpíadas de Londres 2012, o jogador assinou com equipe argentina - Drean Bolívar, time que defenderá em 2012/2013.

Sesi-SP, RJX, Medley/Campinas, Sada/Cruzeiro, Vivo/Minas, UFJF, BMG/São Bernardo e Volta Redonda são as equipes que já estão preparadas para a próxima competição nacional.  Com a saída da Cimed como patrocinadora master do Florianópolis, este esteve ameaçado de acabar, mas tem mais uma temporada garantida, mesmo com time inferior. O Vôlei Futuro masculino ainda não está com o time pronto, sendo que quase foi extinto, e isto aconteceu com o feminino. O Canoas foi o time campeão da Superliga B e tem sua vaga garantida na Superliga A. Com a saída do Moc, a equipe de Pindamonhagaba pode completar o TOP-12, depende da CBV.


Foto: Divulgação
E assim caminha o voleibol brasileiro. Mesmo com todo o progresso visto nas competições nacionais dos últimos anos, a crise não pôde ser evitada. O esporte precisa da visibilidade de patrocinadores, principalmente agora, para que grandes equipes não deixem de existir, aumentem a competitividade do campeonato e conquistem cada vez mais torcedores. Que assim seja!

2 comentários:

  1. Isso não pode acontecer,o volei é um esporte familiar e não pode acabar.
    Acorda empresários,vamos patrocinar o volei brasileiro.

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  2. O vôlei precisa de mais profissionalismo. Os atletas, principalmente, precisam se organizar, ter um órgão de classe que defenda seus interesses, inclusive com leis específicas da categoria, porque o esporte possui um calendário mais restrito.
    Acho que vem melhorando ao longo do tempo, mas a gente fica sabendo cada absurdo...

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