quarta-feira, 20 de julho de 2011

MINHA HISTÓRIA NA HISTÓRIA DO MOC: LUIZ CLAUDIO


E estamos de volta com o quadro “Minha História na História do Moc”. Hoje, quem conta a história é um torcedor que já teve que chegar em casa às uma e meia da manhã, e com muita dificuldade, só pra acompanhar o jogo do Moc no CALDEIRÃO, não deixe de ler...

 
Bom galera, se é pra contar uma experiência que tive com o vôlei de Moc ao longo desses dois anos fica meio difícil, porque não seria simples escolher apenas uma situação inusitada. Porém, vou contar a que mais me marcou...

Luiz trabalhando de "ligeirinho"
Dia 19 de março de 2010 (dia anterior ao meu aniversário), estava eu no ginásio Tancredo Neves assistindo ao jogo contra o Sada/Cruzeiro de dentro da quadra, literalmente dentro da quadra, eu era “ligeirinho”. Para quem não sabe, ligeirinhos são aqueles que limpam o piso quando os jogadores caem, nos pedidos de tempo e nos intervalos entre os sets. Não costumava passar das 10 horas da noite fora de casa, mas nesse dia já havia dito aos meus pais que chegaria mais tarde, pois pelo nível dos times seria um jogo demorado. Dito e feito! O jogo que começara às 9 da noite durou exatamente duas horas e meia e terminou com a vitória do Moc por 3 sets a 2.

Ansioso para ir embora, corri para a van que buscava a equipe de boleiros e ligeirinhos, mas, no caminho, vi um amigo que me ofereceu carona. Então aceitei, porque ele me deixaria na porta de casa, ao contrário do motorista da van, que me deixaria na praça de esportes. Mas o que aconteceu é que me desencontrei do meu amigo. Desesperado e sem mais nenhum conhecido por perto, decidi pegar uma lotação em um ponto ao lado do ginásio, já que, segundo uma senhora que passava por perto, o ônibus me deixaria próximo ao meu bairro.

Já era 00:15 hrs e eu não havia chegado em casa, ao passo que minha mãe, muito nervosa, me ligava. Bom, achei melhor dizer uma mentirinha. Não expliquei a ela a real situação que eu me encontrava, apenas disse que em pouco tempo chegaria em casa.

Placar da semifinal contra o Sada
Minha condução demorava chegar e meu nervosismo aumentava, então comecei a rezar, pois Deus era o único naquele momento a quem recorrer. Um homem que passou por mim perguntou o motivo de minha espera e disse que aquele lugar onde eu estava não era um ponto de ônibus, e que o mais próximo ficava ao final do bairro. A essa altura eu já não sabia mais o que fazer e minha mãe não parava de me ligar. Estava com apenas o dinheiro da passagem e o primeiro moto táxi que passou por mim queria cobrar nove reais para me levar até em casa; não dava para ligar para meus pais me buscarem porque meu pai não queria nem que eu fosse ao jogo por acabar tarde e por não poder me buscar devido ao cansaço do trabalho.

Muito angustiado e começando a chorar, fui a um bar perguntar onde poderia pegar uma lotação. O dono me disse que era um pouco longe e acredito que ele se comoveu ao ver o meu estado, visto que me ofereceu uma carona pelo bairro para encontrar um moto taxista que fizesse o serviço mais barato. Então chorei com vontade na tentativa frustrada de procurar uma pessoa de bom coração que me levasse até minha casa por um preço mínimo. Algumas pessoas que estavam no bar juntavam moedas para pagar o real valor cobrado pelo moto taxista. Naquele instante, nem dava para acreditar no que acontecia, era minha chance de chegar em casa são e salvo. Assim, recebi a ajuda daquelas pessoas na certeza de que um dia eu as pagaria.

Cheguei em casa por volta de 1:30 hrs e lá estava meus pais. Na verdade, minha mãe apenas me perguntou qual foi o ganhador da partida e eu disse que conversaríamos depois. Pensei comigo que se eu tivesse respondido que o Sada fosse o ganhador da partida, a reação seria outra (RISOS); pensei também que, por ser meu aniversário, eles decidiram aliviar minha barra. Fui refletir sobre o que eu havia acabado de passar e depois de muita reflexão...

 
Conclui que eu passaria por tudo de novo. Talvez eu até pudesse não aceitar mais carona de amigos (RISOS), mas faria tudo de novo, pois acredito que a minha paixão move o meu time, e que assim como eu enfrentei dificuldades para chegar ao meu objetivo, a minha equipe do coração, o MOC, também encontra obstáculos para chegar à vitória. Assim como encontrei quem me ajudasse de forma efetiva, o meu time deve contar com a minha ajuda e a de muitas outras pessoas, as quais juntam suas vozes e gritam o que vem em seus corações. Dessa forma, somos aqueles que fazem o famoso #GOMOC tornar a nossa torcida parte fundamental das vitórias conquistadas, e é o nosso amor pelo time que faz com que suportemos qualquer situação para vê-los em quadra...

Um comentário:

  1. Esse é o noosso diferencial, temos torcedores de verdade!

    ResponderExcluir