segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Com Torcida Recorde na Temporada, Montes Claros Perde para o Sada/Cruzeiro no Tie-Break

No último sábado (03/10), no ginásio Tancredo Neves, Montes Claros mostrou uma garra há muito não vista em uma partida contra o forte Sada/Cruzeiro, mas deixou a vitória escapar no tie-break, com vários pontos duvidosos definidos pela arbitragem. Cerca de 4.000 pagantes estiveram no local e o maior pontuador do MOC foi o ponteiro montes-clarense Renan Purificação, com 15 pontos. O Montes Claros se firmou na terceira colocação da competição, com 15 pontos, e agora aguarda o adversário da semifinal.

Com recorde de público no Tancredo Neves, Montes Claros perde por 3x2 para o Sada/Cruzeiro. Montagem: Orkutorcida.
A expectativa era grande para o confronto entre Montes Claros e Sada/Cruzeiro no CALDEIRÃO. O clássico mineiro, último jogo do Pequi Atômico na fase classificatória, seria transmitido pela TV Geraes (canal local) e o espetáculo prometia, e assim foi.

Contendo todos os elementos de uma partida como essa, ela foi marcada pela presença de quase 4.000 pagantes, mas com um público muito maior que 5.000, já que, em apoio ao Outubro Rosa, as mulheres que entrassem com a roupa nessa cor não pagariam a entrada. A campanha foi um sucesso e o recorde de público do Mineiro 2015 marcou o confronto entre as duas equipes no ginásio Tancredo Neves.

O Jogo

O Montes Claros entrou com uma escalação diferente mais uma vez, já que o central titular Thiago Salsa defende a seleção militar por alguns dias e o levantador Índio precisou fazer uma cirurgia, o qual passa bem e reintegra o grupo para a semifinal. Assim, Rodrigo, André, Renan, Bob, Rafael, Celic e Kachel iniciaram o confronto. Entraram Wagner, Juninho e Gian. O Sada entrou com William, Alan, Filipe, Leal, Eder Levi, Eder Carbonera e Serginho.

Montes Claros x Sada/Cruzeiro.
Crédito: Orkutorcida.
O primeiro set foi um show de atuação por parte do Pequi Atômico. Com o passe na mão, o levantador Rodrigo aproveitou das jogadas rápidas com os atacantes da ponta e os celestes não conseguiram parar a força dos norte-mineiros, que também souberam impor a força no saque. Parcial de 25x21. Para o segundo e terceiro sets, que tiveram o mesmo filme, os visitantes quebraram a recepção montes-clarense e ganharam com amplas vantagens: 25x15 e 25x16. Na terceira parcial, Montes Claros se reencontrou na partida, liderado pelos ponteiros Renan (maior pontuador montes-clarense, com 15 pontos) e Bob, incendiou o CALDEIRÃO e venceu por 25x20. Até então, os erros da arbitragem foram de certa forma toleráveis, mas no tie-break o cenário incomodou.

As duas equipes entraram focadas no set de desempate, trocando pontos no início. No entanto, um ponto duvidoso foi marcado pelos árbitros para os visitantes, seguido de um cartão vermelho bastante confuso para os anfitriões, que se revoltaram dentro de quadra, juntamente com a torcida, e acompanharam o frustrante marcador de 9x6 para o Sada, quando na verdade seria 8x7. Desde então, o MOC teve dificuldades para se concentrar novamente e amargou a derrota por 15x11. Placar final de 3x2.

A Análise

Não é a primeira vez que a arbitragem se mostra bastante inexperiente no ginásio Tancredo Neves neste Campeonato Mineiro. Assim aconteceu nos dois clássicos contra o Minas e se agravou no jogo contra o Sada/Cruzeiro. Fica difícil exigir dos atletas que mantenham a cabeça no lugar quando nem os torcedores conseguem se calar diante de tantos erros. Partidas como essa deveriam ter árbitros mais experientes, que passassem segurança para o resultado final da partida. O Sada venceu, mas, nas palavras do técnico Marcelinho, não esperávamos ter que enfrentar o Sada e a arbitragem.

Milan Celic e Orkutorcida.
Crédito: Orkutorcida.
Com relação à atuação do Montes Claros, o orgulho dos torcedores montes-clarenses definitivamente foi trazido de volta. Já havia muito tempo que a equipe norte-mineira nem sequer levava a partida para o tie-break contra os celestes. Vimos garra do início ao fim e uma possibilidade de vitória em um confronto futuro. Para quem acompanhou o jogo percebeu que foram detalhes que definiram a vitória para os visitantes. O MOC mostrou que seu elenco para a temporada está afiadíssimo para disputar com os grandes. Celic se apresentou pela primeira vez e conseguiu deixar boas impressões, uma vez que complicou a recepção adversária com seu saque flutuante e se sobressaiu no bloqueio. Uma coisa ficou muito clara na equipe norte-mineira: com o passe na mão, o ataque fica imbatível e a força da equipe se torna muito maior.

O adversário para a semifinal ainda não foi definido, mas seja quem for o nosso time deve ter na consciência de que tem força para vencer qualquer um dos dois, ou o Minas ou o Sada, e avançar para a final. É o que a gente espera. Pra cima deles, Montes Claros!

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