segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Papo na Rede com Túlio

Olá, pessoal. Estamos de volta com o nosso Papo na Rede! E na entrevista de abertura da temporada 2014-2015, resolvemos entrevistar o ponteiro Túlio Muller, antes que ele escape novamente (risos). Na conversa descontraída, o jogador fala sobre a sua passagem no Catar, suas expectativas para a temporada, comenta sobre a cidade e torcida montes-clarenses, fala sobre seu perfil e muito mais. Vale a pena conferir a entrevista, está imperdível!

Papo na Rede com Túlio. Montagem: Orkutorcida.
Assista ao Vídeo da Entrevista



Leia a Entrevista Transcrita

Tùlio no Catar.
Foto: arquivo pessoal.
Falando sobre a temporada passada, Túlio, onde você recebeu uma proposta meio que inesperada para ir jogar no Catar, conte-nos como foi a sua experiência por lá.
Bom, foi uma experiência muto boa, eu acho que cresci tanto profissionalmente quanto pessoalmente. Tive que assumir algumas... algumas não, várias responsabilidades dentro do time (risos), e isso foi muito bom pra mim.

A questão da linguagem dificultou?
O árabe eu sei muito pouco, mas o inglês todos sabiam falar, então ajudou bastante.

E não dificulta na hora do jogo?
Ah, não. Na verdade é uma linguagem mundial, mesmo que façam gestos você sempre entende.

Time na cidade montes-clarense.
Foto: Fredson Souza/MCV.
E na temporada passada, Montes Claros tinha um time competitivo. Se os jogadores tivessem ficado até o final, com certeza a equipe figuraria entre as oito melhores da Superliga. Porém, infelizmente, por questões financeiras, alguns jogadores tiveram que deixar a equipe. Você, por exemplo, voltou para integrar esse novo grupo. Então queríamos saber o que te motivou. Você gostou da cidade de Montes Claros?
Ah, isso foi uma motivação muito grande: a cidade. É uma cidade que acolhe; a torcida também, que daqui é diferente, apaixonante, que joga junto com o time, sempre está apoiando e incentivando. Isso com certeza conta muito quando você vai escolher onde vai jogar.

Time em Montes Claros.
Foto: Fredson Souza/MCV.
E aqui tem aquela coisa também que não é só no ginásio, até porque na temporada passada não teve "aquele" público, mas no dia a dia vocês são reconhecidos na cidade, tem um tratamento especial...
Ah, sim! Acho que essa convivência que a gente tem com a população é muito legal, porque você vai a algum lugar e a pessoa para e te pergunta. Esse contato direto que temos com a cidade é muito legal. É muito bom você poder parar, conversar com as pessoas, falar quando vai ser o jogo, quando é que vão ser os treinos, essas coisas.

A expectativa é boa para a temporada?
Com certeza! A gente está vindo de uma crescente boa nos treinamentos, então as expectativas são sempre as melhores.

Aproveitando pra falar, como está sendo essa convivência: a questão do entrosamento, como vem sendo os treinamentos, se estão puxados, vocês estão confiantes para uma estreia?
Os treinos estão bem puxados e cada dia é um detalhe que vai se acertando, a cada bola, a cada conversa. Estamos em um momento de adaptação com um ou com outro e acho que todo mundo acaba que já se conhece um pouco. É um grupo muito bom e estou me sentindo muito feliz de estar trabalhando aqui. 

Agora falando sobre essa questão técnica do voleibol. Temos reparado nas competições não só nacionais como nas internacionais que a recepção vem se consagrando como o fundamento mais importante, porque se ela não sai não tem como variar as jogadas. Porém, no Brasil, são poucas as equipes que têm um passe consistente, haja vista os últimos campeonatos. É claro que isso é em virtude de um bom saque do adversário, mas existe outra questão que você poderia citar que influencia? Tem um treino específico para esse fundamento?
Treinamento específico para recepção sempre tem. Na verdade, é um dos fundamentos que a gente mais treina dentro do vôlei, porque realmente é uma questão que envolve muita coisa. Envolve um saque bom; envolve uma comunicação muito boa do sistema de recepção. Então, tem "n" questões que influenciam, porque hoje o vôlei masculino está muito vinculado ao saque e treinamos muito isso porque é uma arma muito forte dentro do jogo, que complica a recepção adversária.

E aquela ideia de que só saque forçado acaba com a recepção adversária já "caiu por terra", porque a gente tem visto que os saques táticos realmente vêm dificultando a recepção adversária.
Vai muito do momento do jogo, não é? Tem uma hora que o saque forçado não vai adiantar, porque aumenta a margem de erro. Só aquele saque "flutuado" já ajuda porque vai atrapalhar um cara que está atacando bem, uma jogada que o outro time está querendo fazer. Então, o time tem que ter todas essas armas, tanto um viagem forte quanto um saque tático bem direcionado e com qualidade.

Túlio e mãe Marinalva.
Foto: arquivo pessoal.
Agora falando sobre uma torcedora especial que você tem, que é a sua mãe (risos). Mesmo quando você foi embora, a gente pôde perceber que ela acompanhava o time, estava lá torcendo pelos jogadores e acompanhava a torcida. Em toda equipe que você vai ela tem esse carinho ou com o Montes Claros tem algum motivo especial?
(Risos) Bom, ela sempre tem esse carinho. Tanto ela quanto meu pai e meu irmão sempre me acompanham muito. Ela consegue um pouco mais ir aos jogos e sempre teve uma relação muito boa com os atletas do meu time, porque ela gosta de estar presente, é uma pessoa que gosta de conversar e muito extrovertida, então ela tem essa relação com os jogadores. Aqui ela gostou muito da cidade, da torcida...

Ela está morando aqui?
(Risos) Não. Ela estava até aqui. Veio temporariamente e já foi embora, mas já está querendo voltar de novo e está perguntando quais os jogos que vão ter aqui...

A gente até a convida para comparecer ao ginásio para torcer com a gente (risos).
(Risos) Com certeza. Ela foi embora e ficou falando: "Ah, já estou querendo voltar para ficar contigo!", "Quando é que vão ser os jogos para eu poder assistir?". Então, ela gosta de acompanhar e torce muito pelas pessoas não só que estão jogando comigo, mas todos os jogadores, porque ela sabe de todo o bastidor que é. De treinamento, de "ralação". É mãe, não é? Então ela sabe. Abraça todos os jogadores como se fossem filhos (risos).

Túlio Muller.
Foto: arquivo pessoal.
Você aparentemente é uma pessoa tímida. Porém, a gente já viu nos bastidores que você se mostra um cara bastante brincalhão. Como você se descreveria?
Eu sou uma pessoa muito positiva em relação a tudo que eu faço. Eu gosto de tratar bem as pessoas; eu gosto de brincar; gosto de me divertir; gosto de ajudar muito quem está do meu lado e de saber como as pessoas estão. Isso é um pouquinho de mim.

Você teve um acidente que quase te tirou do voleibol, não é? Você acha que isso pode ter influenciado para você ser assim? 
Isso ajudou muito, mas eu sempre fui desse jeito. Só que quando aconteceu (o acidente), eu tive muito apoio de todo mundo: amigos, família; e eu vi o quanto isso é importante na vida de uma pessoa. Essa alegria, de transmitir alegria para as pessoas. Isso contribuiu para eu ter esse perfil que eu tenho, de sempre dar atenção, saber como a pessoa está e de sempre estar querendo passar uma coisa positiva.

E, para finalizar, gostaríamos de inaugurar um "quadro" dentro do Papo na Rede, que nós vamos chamar de "rally", para combinar com o vôlei (risos). A gente vai dizer algumas palavras e você vai dar um significado rapidamente sobre o que aquilo significa para você.
O ESPORTE: o esporte é minha vida.
A FAMÍLIA: família pra mim é tudo. Eu a tenho como grande alicerce.
OS AMIGOS: cara (risos), eu só tenho que rir dos meus amigos, porque eles são fantásticos, não tenho o que falar.
UMA VIRTUDE: a positividade.
UM PRATO: cordeiro.
UMA MÚSICA (OU ESTILO DE MÚSICA): hip hop, reggae e MPB.
UMA INSPIRAÇÃO: meu irmão.
LAZER: praia.
UMA FRASE: "Nunca desista dos seus sonhos!".

Túlio Muller é entrevistado pela Orkutorcida. Foto: Orkutorcida.

Gostaríamos de agradecer ao Túlio pela disposição em nos atender nesse Papo na Rede super bacana. O que a gente pode desejar, Túlio, é que nesta temporada você fique até o fim (risos) e que seja de muito sucesso. Estamos ansiosos para ver a estreia do Montes Claros e tomara que tudo dê certo. O nosso muito obrigado! Grande abraço.
Queria agradecer o espaço, pela torcida, por sempre estar apoiando a gente, dentro e fora de quadra e vamos em frente! Essa temporada promete e vamos estar dentro de quadra dando nosso máximo sempre. Abraço, valeu. 

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