JÁ COMEÇOU A BAGUNÇA NA SUPERLIGA?

Ao que parecia ser uma Superliga totalmente renovada e com mais transmissões de jogos, tornou-se a tradicional competição nacional de voleibol.

Jogadores se manifestaram via twitter. Montagem: Melhor do Vôlei.

Assim é a realidade do voleibol brasileiro: o campeonato nacional mal começou e já tivemos rodada sem transmissão de jogos. A pergunta feita é: como uma competição no nível da Superliga fica sem nenhum jogo transmitido na segunda rodada, mesmo tendo clássico, como aquele entre Medley/Campinas e Sesi-SP?

A promessa de que muitos jogos seriam assistidos na TV na edição 2012/2013 foi feita logo na festa de abertura da competição. Foi afirmado que seria batido o record de transmissões nesta temporada. SporTV, Globo, Esporte Interativo e até mesmo o site da CBV transmitiriam jogos. E com essas informações, veio a ilusão de que o torcedor finalmente poderia acompanhar o show brasileiro de voleibol. Mas não foi assim, pelo menos até agora, pois já deixaram de transmitir a segunda rodada e nenhum jogo foi transmitido no site da CBV até o momento. Pior: não existe desculpa aparente para tal fato.

É incrível como tratam o segundo esporte preferido dos brasileiros, sendo o mais vitorioso da última década. Impossível não considerar isso uma falta de respeito com clubes, patrocinadores e, principalmente, com os torcedores. Por essas e outras que, em todo final de Superliga, três ou quatro times fecham as portas.

O fato é que o poder da CBV deveria ser usado para exigir no contrato de transmissão que fosse transmitido certo número de jogos por rodada, ou então não seria compensável manter um contrato com a Globo e SporTV. Todo ano é desta forma: desvalorizam a competição e, no final, clubes fecham as portas, jogadores ficam desempregados e torcedores sem time.

Já passou da hora de clubes e jogadores se organizarem e exigirem da CBV e televisão mais transmissões, mais competições, organização e horário fixo de jogos (poucos sabem qual é a hora e o dia dos jogos e o torcedor não se acostuma, ao contrário do que acontece no futebol, que tem jogos todas as quartas à noite e domingos à tarde). Talvez, a única forma dos atletas de vôlei se expressarem é nas redes sociais e nem sempre o que é colocado nesses meios de comunicação é levado a sério ao ponto de ser exposto em mídias mais fortes, como a televisão. Isso pode justificar o fato dessa realidade ainda não ter sido mudada. É preciso tomar uma atitude mais séria e cabe aos profissionais e torcedores do esporte agirem em conjunto.

Os torcedores comumente manifestam indignação com os poucos jogos trasmitidos, seja fazendo matérias ou opinando em redes sociais. O ponto positivo do voleibol brasileiro pode ser justamente a torcida, que, mesmo não sendo tão grande, é bastante fiel e frequentemente está buscando formas de incentivar os atletas e tentar mudar a realidade do esporte nacional. Há pouco tempo fizemos uma matéria que relatava a crise do vôlei no Brasil, intitulada "O Vôlei Pede Ajuda", a qual teve inúmeros acessos, fortes opiniões, mas, infelizmente, nenhum resultado ainda.

Uma coisa é certa, pelo rumo que as coisas andam tomando, o futuro da Superliga não é nem um pouco animador. Se mudanças não forem feitas (mudanças reais!), não se pode prever o que será dessa competição. Pode ser engano, mas o vôlei parece seguir os mesmo passos e erros já cometidos no basquete nacional.

O fato é que torcedores e profissionais do esporte deviam se manifestar em seus ginásios (cartazes), redes sociais, entre outras formas. Quem sabe assim a triste realidade com o esporte mais vitorioso dos últimos anos possa mudar. #RespeitemOVôlei!