quarta-feira, 20 de maio de 2015

O Que Esperar da 6ª Temporada do Montes Claros?

Os torcedores montes-clarenses já se acostumaram: ano após ano a mudança quase total do elenco faz com que a equipe tenha sempre que reconquistar a torcida. Manter dois ou três atletas ajuda no processo de construção de identidade, mas essa fórmula de inovação a cada temporada é o que pode ter tornado o Montes Claros Vôlei uma "escola" de sucesso.

O que esperar do MOC Vôlei 2015-2016?. Montagem: Orkutorcida.
Desde o surgimento do projeto, a equipe norte-mineira sonha com a manutenção de ídolos dos acompanhantes do esporte e a dificuldade de atrair patrocinadores e renovar com os destaques da temporada impedem esse sonho. Porém, praticamente todos os atletas que passam pela equipe montes-clarense conseguem ganhar foco ainda maior no cenário nacional. A "escola" do Pequi Atômico já foi responsável por revelar bons nomes para o vôlei. Lorena, Rodriguinho, Thiago Brendle, Cristian Poglajen e Pedrão são só alguns exemplos.

Com exceção da segunda temporada, em todos os anos do time os torcedores não sabiam o que esperar. No primeiro, o qual foi responsável pelo maior número de revelações, a equipe só conseguiu engrenar de verdade a partir da fase final do Mineiro, onde venceu o Sada/Cruzeiro (semifinal) e o Minas (final). Depois disso, sagrou-se vice-campeão da Superliga; em seguida, com a expectativa nas alturas devido ao sucesso da temporada anterior, o bom elenco formado deu indícios de que seria mais um ano de conquistas, mas não ter apresentado a mesma garra e ter sido eliminado precocemente nos dois campeonatos mais importantes desanimou os torcedores; no terceiro, com a promessa de ser um time mais raçudo, o Pequi Atômico de fato apresentou bastante vontade nas partidas, mas conflitos internos de grupo atrapalharam quaisquer chances de obter maior sucesso. Nem mesmo a contratação do oposto argentino Federico Pereyra serviu de atrativo para a torcida, que até aquele ano era o recorde absoluto de público; depois de um ano ausente, para a quarta temporada do time este foi formado com a transferência do projeto do Monte Cristo para o norte de Minas, o que ocasionou grande satisfação dos torcedores, mas a saída no meio da temporada de grandes atletas desacreditou o público, que caiu consideravelmente; por fim, em 2014-2015, apesar do retorno de ídolos da cidade, o Montes Claros veio novamente como uma grande incógnita e foi motivo de grandes surpresas na maior competição nacional de vôlei, mas mesmo assim não foi o suficiente para manter a base da equipe.

Novamente estamos diante de um grupo que tem muito o que provar para os torcedores. Pela primeira vez apresentando um elenco bem mais jovem, com média de idade por volta dos 25 anos, a identidade do Montes Claros precisa ser construída mais uma vez. Apesar das renovações do técnico Marcelinho e dos jogadores Salsa, Gian e Índio, o conjunto precisa ser aprovado pela torcida. A chegada de André Nascimento pode acelerar o processo de identificação, mas não é garantia de sucesso nas competições. É claro que atualmente é difícil montar um time competitivo que se entrose rapidamente ao ponto de ocupar as posições mais altas da tabela. Contudo, à exceção do forte Sada/Cruzeiro, as outras equipes têm apresentado grandes variações no seu elenco e podemos estar diante de mais uma temporada de boas surpresas.

O objetivo do Montes Claros para 2015-2016 é obter uma classificação melhor na Superliga com relação à anterior. Sabemos que isso não será uma tarefa fácil, mas a ansiedade para ver o grupo em quadra é alta novamente. Muitos jogadores não são tão conhecidos da torcida, mas têm uma boa experiência no currículo e alguns inclusive tiverem/têm passagens pelas seleções brasileiras de base, além de um ser campeão olímpico.

Podemos ter mais um ano de boas revelações do esporte e, com certeza, de muito sucesso. Assim esperamos.

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